Nossa Igreja é composta por diversas vocações, dentre essas existe uma muito especial, que é a vocação do catequista. Mas quem é o catequista? É aquele homem ou mulher que se coloca à serviço do Senhor e da comunidade, através da evangelização de crianças, adolescentes, jovens, adultos e famílias. Não são professores, doutores ou especialistas em catequese. São pessoas que ouviram o chamado do Senhor e como Maria, disseram o seu sim a Deus. São homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que participam ativamente da comunidade. Ser catequista é usar a pedagogia de Cristo para atrair aqueles que estão sedentos para beber da fonte de água viva, que é a Boa Nova.
O Diretório Nacional de Catequese, no nº 141 nos dá pistas de como ser catequista, tendo como modelo o próprio Cristo: Ele acolhia às pessoas, preferencialmente os pobres e excluídos; anunciava o Reino de Deus como uma Boa Notícia; estava sempre atento às necessidades do povo; sua conversa era simples, acessível, utilizava gestos e palavras que todos o compreendiam; se aproximava da multidão com misericórdia e amor, falava ao coração daqueles que o ouviam, e os aproximavam cada vez mais do Pai.
A missão do catequista é ser testemunha do amor de Deus na vida do seu catequizando, por meio de atitudes, uma escuta ativa e acolhedora e de uma vida de oração. O catequista não é o centro da catequese, por mais que ele prepare um encontro incrível, repleto de dinâmicas, músicas, teatros. O centro da catequese é Jesus.
Assim como aconteceu com Felipe e o eunuco (Atos 8,26-40), o catequista caminha ao lado dos seus catequizandos, guiando-os no caminho de amor, explicando as escrituras para que um verdadeiro encontro aconteça entre eles e o Cristo.
O catequista é discípulo missionário: discípulo, pois é aquele que ouve e aprende com o Mestre e tem uma espiritualidade enraizada na Palavra de Deus, busca uma formação permanente, estando atento àquilo que a Igreja ensina por meio do Magistério. É também missionário por ouvir e aprender com o Mestre, não se acomodar, não se acanhar, e sair para testemunhar e anunciar esse amor de Deus à toda criatura.
Sou catequista desde os meus 15 anos e meu chamado se deu por meio do testemunho diário de minha mãe que também era catequista. A minha primeira catequese foi em meu lar, foi onde aprendi as minhas primeiras orações e onde entendi quem era Deus. Foi em casa que aprendi que o catequista, antes de falar de Deus para os outros, precisa dobrar o seu joelho e falar com Ele, por meio das orações, diariamente.
Você que leu esse texto e tem o desejo de ser catequista, não se acanhe, coloque-se em oração e busque fazer a vontade de Deus. Procure seu pároco ou o coordenador da pastoral e fale sobre o seu chamado. Não tenhas medo, o mesmo Senhor que te chama é o que te capacita para esse ministério.
Autor:
Ana Paula Vieira de Oliveira
Ana Paula é filha de Ana Maria e Venâncio, catequista por vocação e professora por amor. Bacharel em teologia pela UNISAL, na mesma faculdade fez extensão em ensino religioso. Desde de 2011 é professora de teologia para leigos na diocese de Jundiaí. Além disso é pedagoga e trabalha como professora dos anos iniciais.
Os Cinco Mandamentos da Igreja
Os Cinco Mandamentos da Igreja
Além dos Dez Mandamentos que conhecemos, existem os Cinco Mandamentos da Igreja. É preciso entender que mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, entre outros. Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu” (Mt 18,18).
Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e consequentemente a Deus Pai. De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: "Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo." Note que o Catecismo diz que isso é o "mínimo indispensável" para o crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.
1º – Primeiro Mandamento da Igreja: "Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho".
Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias. Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo: “Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Chistira), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)”.
2º – Segundo Mandamento: “Confessar-se ao menos uma vez por ano”.
Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo. É claro que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.
3º – Terceiro Mandamento: “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição”
(O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascensão) e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã. Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a comunhão diária.
4º – Quarto Mandamento: “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja”
(No Brasil isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa). Este jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem mais nada no meio do dia. Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem. Diz o Catecismo que o jejum “Determina os tempos de ”elevação espiritual” e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração".
5º – Quinto Mandamento:"Pagar o Dízimo segundo o costume"
“Ajudar a Igreja em suas necessidades materiais” Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades. Não é obrigatório que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico obrigam esta porcentagem, mas é bom e bonito se assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7).
Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território.
Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que “quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo”.
Pentecostes
Pentecostes
A Igreja celebra a solenidade de Pentecostes, que acontece cinquenta dias após a Páscoa,ou seja, após a Ressurreição de Cristo e, a partir desse momento, somos convocados a professar a nossa fé na presença e na ação do Espírito Santo. A origem da palavra pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Ex. 23,14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta ocasião, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex. 19,1,16).
No Novo testamento, o Pentecostes está relacionado no livro dos Atos 2,1-3. Como era de costume, os discípulos estavam reunidos com a Virgem Maria no cenáculo. De repente, ouviu-se um ruído, "Como se soprasse um vento impetuoso. Línguas de fogo pousaram sobre os Apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas”, para edificar a Igreja nascente: Veni Sante Spiritus!
Jesus promete aos discípulos na Última Ceia que enviaria o Consolador que os conduziria na sua missão. “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu suplicarei ao Pai e Ele dar-vos-á outro Consolador, a fim de permanecer convosco para sempre" (Jo.14,15-16).
Portanto, a Igreja segue sua missão de anunciadora da Ressurreição, sendo um sinal de Amor e Esperança para todos nós que fomos batizados e confirmados com os dons do Espírito Santo.
"A igreja é, por natureza, missionária e, a partir do dia de Pentecostes, o Espírito Santo não cessa de a estimular pelos caminhos do mundo, até os extremos confins da terra e até o fim dos tempos." (Papa Bento XVI).
Fonte: Sebastião Nóbrega Júnior
Os Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos
As leis que Deus nos deixou para sabermos se estamos seguindo a Sua vontade e desta forma estamos obedecendo-O, são os DEZ MANDAMENTOS.
Quais são os Dez mandamentos?
1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO
3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
4°) HONRAR PAI E MÃE
5°) NÃO MATAR
6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
7°) NÃO ROUBAR
8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
10°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
Vamos falar de cada um deles.
1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.
Amar a Deus no próximo, através do nosso irmão. Temos que nos assemelharmos à Ele, e para isso nos temos que; Amar a todos A todos perdoar. A todos servir. E a ninguém excluir.
Santo Agostinho definia que o nosso amor por Deus é assim: "Um conflito entre dois amores: o amor de Deus impelido até o desprezo do amor de si." ou "o amor de si impelido até o desprezo do amor de Deus". Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de salvação, de restauração.
Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, da igreja. Ex: nas Bodas de Caná Ele transformou a água em vinho, deu vida ao filho da viúva de Naim, fez os cegos enxergarem, os surdos ouvirem, os coxos andarem, etc... Nós temos que a exemplo de Jesus Cristo restaurar a vida da sociedade.
E eu restauro a sociedade quando eu ajo com a consciência moral cristã, testemunho Jesus Cristo onde quer que eu esteja, quando luto contra os preconceitos racial, de cor, nível social.
"Deus só pede o nosso amor" - Leia Mt 22, 34-40
2 - Não tomar seu santo nome em vão.
Proíbe todo uso impróprio do nome de Deus.
Respeito - conseqüência do amor
Jurar usando o nome de Deus
3 - Guardar domingos e festas de guarda.
Assistir e participar das missas - um único dia para adorar e louvar a Deus.
4 - Honrar Pai e Mãe
- Respeito aos pais
- Obediência
- Diálogo
Na primeira parte da vida nós nos perguntamos qual o sentido daquilo que a gente fez, o que a gente é. Na segunda parte da vida nos temos a sabedoria. Na primeira parte nos devemos nos orientar pelos mais velhos porque eles têm a sabedoria e a experiência.
5 - Não matar
Só Deus tem o direito de tirar a vida
- Aborto
- Eutanásia
- Suicídio
- Homicídio
6 - Não pecar contra a castidade
Integração correta da sexualidade na pessoa
Namoro
Se manter puro (corpo e alma)
Relacionamento superficial dos jovens
Pensamento: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento a longo prazo.
7 - Não roubar
Apropriar-se do que não é seu
Roubar a paz
8 - Não levantar falso testemunho
Matar com a língua.
Desmoralizar
Ter misericórdia com o próximo
Quando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo.
Jesus disse: Não é o que entra pela boca que causa mal e sim o que sai da boca.
9 - Não desejar a mulher do próximo
Respeito ao compromisso assumido pelos outros
Matrimônio
A importância da família
10 - Não cobiçar as coisas alheias
Sermão da Montanha - Mt. 5, 1 – 12
"O SER tem que estar acima do TER"
Quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado existe perdão, apenas um único é imperdoável: é você morrer sem acreditar em Deus, é o pecado contra o Espírito Santo, é o pecado da pessoa que não aceita o amor de Deus e o seu perdão.
Existe pecado maior e menor?
O pecado maior é o pecado mortal ou grave.
O pecado menor é o pecado venial ou leve.
Para haver pecado é necessário:
Matéria grave
Consciência plena
Consentimento pleno
Também pecamos por omissão. . .
Deus é amor, misericórdia. Temos a certeza do amor de Deus. PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO - Lc. 15, 11 - 32
Sacramentos: um plano de salvação
Sacramentos: um plano de salvação
Plano de Deus
Deus nos criou para a felicidade e por isso fez um plano. Nós pelo pecado, entortamos as linhas mestras do plano do amor. Assim Deus mandou seu próprio Filho que se fez um dos nossos, morreu por nós, ressuscitou para nos garantir a continuidade do plano.Só Jesus Cristo, Deus homem, poderia ser tão original ao inventar tais encontros, que fossem sinais certos de sua presença amiga durante toda a nossa vida. Esses encontros são meios que Jesus formulou para conhecermos os sacramentos.
Deus mesmo fala por sinais, todas as criaturas são “os rastros” da passagem dele. Quando quis se tornar presente neste mundo para reconstruir seu plano, tornou-se um sinal. Fez-se visível, palpável, eminência da carne, através da encarnação tornando-se pois um sacramento. Voltando para o Pai, Cristo deixa-se continuar aqui através de um sinal: A Igreja.
Os Sacramentos são sinais.
A definição exata de Sacramento é: "Um sinal visível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo, para nossa santificação". Jesus escolheu sinais que faziam parte da vida do povo hebreu, pois naquele tempo quem se dispunha a mudar de vida se submetia a um banho de purificação e chamou a essa presença do Amor de Deus que age em nós: Espírito Santo.
Os sacramentos são expressões de fé, de união da graça e da benção de Deus que nos leva a comprometer cada vez mais com nossos irmãos, nos faz crescer na capacidade de servir e transformar a sociedade; por isso Deus nos criou para sermos felizes, nos deu inteligência e liberdade mas em troca pediu o nosso amor e nossa fidelidade.
Jesus Cristo é o grande sacramento do amor para com os homens: sinal visível e eficaz. Visível porque fez-se homem como nós, vivendo numa região definida e em tempo conhecido, presente em nossa história e eficaz porque quem crer em Jesus Cristo tem a garantia da salvação.
Podemos dividir em três partes:
1º Um sinal sensível: Constitui a parte material do Sacramento. Nos sinais que constituem a parte material de um sacramento, temos dois elementos: O primeiro denominou matéria = água do batismo. O segundo elemento chama-se forma. São palavras ou gestos que dão significado ao ato.
2º Instituído por Jesus Cristo: O poder humano não pode ligar a graça interior a um sinal externo. Isso é algo que somente Deus pode fazer, e que nos leva a segunda definição de Sacramento: "Instituído por Jesus Cristo". A Igreja não pode criar novos Sacramentos, e não pode haver nunca nem mais e nem menos que sete, os sete que Jesus nos deu: Batismo, Eucaristia, Confirmação, Penitência, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos.
3º Graça: Voltando a nossa atenção para o terceiro dos elementos, vimos que seu fim é dar a Graça Santificante. Graça é Deus conosco e nós em Deus. É sintonia em Deus e o homem. É estreita união.
Mas para recebermos a graça que os Sacramentos transmitem, é necessário que tenhamos disposições interiores. A quantidade de Graça recebida depende de nós, não depende de quem administra.
Por esse motivo procuremos aprender a liturgia sacramental que é rica em gestos tornando presente a grande realidade que é Cristo, sendo que ele próprio se doa a nós como prova de amor infinito em todos os sete sacramentos.
Como o homem por seus esforços jamais poderia chegar a Deus, então Deus toma a iniciativa e chega até o homem através do sacramento.