Em sua primeira carta, São Pedro nos chama a atenção para “estarmos preparados a responder a todo aquele que nos pedir a razão da nossa esperança” (citação livre de I Pd 3,15). A nossa esperança é Jesus Cristo! O mesmo São Pedro, no discurso aos judeus, disse: “Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12).

A fé católica e toda a sua vivência estão centradas em Jesus: “Ele é o Senhor” (citação livre de Fl 2,11). Contudo, o próprio Jesus instituiu Sua Igreja e quis que ela fosse o Seu próprio Corpo Místico (cf. I Cor 12,27)- sacramento universal da salvação de todos os homens. O próprio Senhor resgatou a Sua Igreja com o Seu Sangue; confiou-lhe o sagrado depósito da fé e deu a ela o Seu Espírito para conduzi-la a toda a verdade (cf. Jo 16,13). O Espírito Santo é a alma e a garantia da infalibilidade da Igreja, no que concerne à doutrina católica. Nos dois mil anos de caminhada, o Espírito conduziu a Igreja do senhor e ensinou-lhe todas as coisas, recordando-lhe tudo o que Jesus ensinou (cf. Jo 14,26)

No Credo – símbolo dos apóstolos – encerra-se conteúdo dogmático básico da fé católica. Já no início do cristianismo, “perseveravam eles [os fiéis] na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão (Eucaristia) e nas orações” (At 2,42). Essa doutrina dos apóstolos está encerrada no Credo, nossa profissão de fé.

Além dos dogmas iniciais, sob a luz do Espírito, a Igreja estruturou todo o arcabouço da fé, sob o comando de Pedro, a quem o próprio Senhor garantiu a infalibilidade, reconhecida de modo definitivo no Concílio Vaticano I (1870). Na pessoa do Papa, a Igreja entendeu que é vontade do Senhor ter o Seu vigário na terra como pedra fundamental da unidade da Sua Igreja. Por isso, a obediência e a submissão ao Papa são características essenciais do catolicismo. Sem o Papa não existe a Igreja. Os antigos padres afirmavam: “Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja, está Cristo.”

Outra característica da fé católica é a devoção aos santos, principalmente à Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Jesus no-la deu aos pés da cruz, dizendo a João: “Eis aí tua mãe” (Jo 19,27b). Essa foi uma doação de Jesus à Sua Igreja e a cada um de nós. Maria é nossa Mãe! Nós, católicos, não a adoramos, pois ela não é uma deusa; nós a veneramos como Mãe muito querida e preocupada com o bem de cada um de seus filhos salvos por Jesus. Sem Maria, Virgem, Imaculada, Mãe de Deus, levada ao céu de corpo e alma, não há catolicismo.

Fonte: Prof. Felipe Aquino