Jesus disse: "Eu Sou o Pão vivo descido do Céu, quem comer deste Pão vivera eternamente." (João 6, 51a)
Quantos ainda tem fome?
- Fome de Deus.
- Fome de Vida eterna.
- Quantos ainda tem fome?
- Fome de Solidariedade.
- Fome de partilha.
- Fome de alimentar-se com dignidade, de se alimentar ao menos três vezes ao dia.
Muitos ainda buscam em Jesus, uma certa 'tranquilidade interior', uma fé que se fundamenta em viver em comunidade, com os irmãos que pensam igual e que se entendem e assim vivem uma pseudo 'paz quieta', longe de problemas...
Jesus não veio ao mundo para ser o fim de todos os problemas. Jesus é o Pão do Céu, que se faz alimento, para nos dar força e ânimo, para vivermos está vida, neste mundo. Jesus é o Alimento que nos dá força e coragem, para buscarmos viver a vocação da igreja.
Neste ano estamos vivenciando o 3º Ano Vocacional, com tema "Vocação, graça e missão", onde lembramos de rezar e fortalecer a vocação sacerdotal, religiosa e matrimonial, mas também tempo de se lembrar a vocação primeira da Igreja: a de estar ao lado de todos, de pensar o bem comum, com a preferência para os pobres, os prediletos de Jesus.
Como vemos na Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema Fraternidade e Fome, e o Lema "Dai-lhes vós mesmos de comer",</strong > a fome é uma grande vergonha por todo o mundo, onde se desperdiça todo dia uma quantidade gigantesca de alimentos, é mais vergonhoso ainda o caso do Brasil, país que bate recordes de safra todos os anos e alimenta vários países com esta safra, mas a ganância dos produtores e a concorrência do mundo capitalista, infelizmente não permite a partilha.
Jesus é o Pão que alimenta, fortalece e vai preparando para a vida eterna, a vida eterna é construída aqui, através do conhecer Jesus, “Ora a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo. ”, (João 17,3), fechar os olhos a realidade da fome é viver uma falsa paz.
Agora, somos convidados a pensar como viver este compromisso de cristãos alimentados por Jesus o Pão do Céu e colocando Deus sempre no centro, nessa vida com desafios, com tantos a terem fome de Deus e de solidariedade.
Podemos perguntar como viver de fato este compromisso em nossos dias?</strong >
O que temos que ter é uma convicção, de que não devemos e nem podemos ver a situação com a ganância de nossos tempos, devemos sim perceber cada situação, cada possibilidade de ajuda a um irmão que tem fome, seja de Deus, seja de alimentos, como uma grande bênção, e sentir em tudo a presença de Deus.
Que nossas famílias sejam famílias acolhedoras e sensíveis, que nossos filhos aprendam em nossas casas a graça da partilha. E que cada cristão entenda toda a dignidade de se ter uma família, e não se canse de buscar o bem comum, e que tenhamos paz em nossas casas e em todas as famílias, mas que seja uma paz inquieta, que se põe a lutar contra toda forma de injustiça geradora de fome e desigualdade.
Nosso mundo e o nosso país precisam buscar um equilíbrio, com igualdade e respeito a todos, e isto só será possível com fraternidade: o ensinamento de Jesus. Nós cristãos precisamos buscar a cada dia crescer na harmonia como família, nos relacionamentos sociais e na vida espiritual.
Mas, para este crescimento é preciso confiar na promessa de Jesus: "Aquele que come deste pão vivera."(João 6, 58b)</em >
Autor:
Diacono João Gualberto