Ultimas Noticias

A Igreja Católica não foi fundada por homens. Foi o próprio Cristo Jesus quem instituiu a Igreja para levar a salvação, que Ele conquistou com seu sangue, a todos os povos de todos os tempos e lugares, até Ele voltar. Por isso, a Igreja não é uma instituição humana, mas sim, uma Instituição Divina.

Vamos entender porque Jesus fundou a Igreja.

O pecado, desde a origem, já no início da humanidade, quebrou a unidade e a comunhão dos homens com Deus, rompeu o plano divino de amor para com a humanidade.
Deus Pai nos criou para Si, para que fôssemos a Sua família, destinados a participar da Sua comunhão íntima e desfrutar da Sua vida bem-aventurada, isto é, da Sua felicidade perfeita, absoluta.

Porém, o pecado, que é toda ofensa a Deus, a mais triste realidade deste mundo, rompeu o belo plano de amor e “dispersou” os filhos de Deus, dilacerou Sua família. O homem se perdeu, se afastou do Criador, a fonte da sua vida e da sua felicidade, por tentação do demônio e por culpa própria. Deus não poderia ter impedido o homem de pecar porque o criou livre, Ele nos deu o livre arbítrio.

Então, para que a humanidade fosse salva, isto é, pudesse voltar para junto de Deus, reconciliada com o Criador, a culpa dos seus pecados deveria ser paga diante da justiça de Deus ofendida.

Através de pessoas e acontecimentos ao longo do tempo, Deus foi gradativamente revelando a Si mesmo e o seu plano para nós. Essa revelação não visava só um conhecimento intelectual, mas também existencial, vivo: conhecer a Deus para entrar em comunhão (união íntima e real) com Ele. Essa comunhão deveria envolver também os homens entre si.

Por isso, Deus escolheu o povo de Israel para ser o seu povo no meio da humanidade. No seu meio realizou prodígios, sinais da sua benevolência. Por meio deste povo, descendente de Abraão, o homem que por primeiro acreditou, a salvação chegaria a todos os povos da terra. Como um pai ou uma mãe que pouco a pouco ensina seu filho, assim Deus fez com o povo de Israel. Através de Moisés, dos Juízes e dos Profetas, ele formou, conduziu e instruiu o seu povo. Tudo isso era a preparação para a sua plena revelação e salvação da humanidade: o momento em que não mais um mensageiro, mas o próprio Filho de Deus feito homem viria viver no meio dos homens, afim de levar a humanidade “de volta” para Deus.

Não havia um homem sequer, por mais santo que fosse, que pudesse pagar a “dívida” à justiça de Deus ofendida. Então, o Verbo de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo), por amor a cada um de nós, aceitou se encarnar e assumir a nossa natureza humana, carne e sangue, para como homem, e no lugar de cada homem, se entregar para morrer numa cruz, a fim de pagar à justiça divina o preço dos pecados de toda a humanidade.

São Pedro resumiu muito bem a salvação da humanidade nessas palavras: “Não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados... mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imolado e sem defeito algum”. (1Pd 1,18-19b)

Isto é a Salvação. Só Jesus a pode realizar. Pois, os pecados da humanidade assumem proporções infinitas diante de Deus, já que a Sua Majestade ofendida é infinita. Assim, somente Alguém que fosse, ao mesmo tempo, homem e Deus perfeitamente, poderia reparar as ofensas da humanidade diante da justiça de Deus, somente Jesus poderia oferecer um resgate de valor infinito. Foi o que Jesus fez, e que nenhum outro homem poderia fazer.

Antes de morrer, ressuscitar e voltar glorioso para o Pai (ascensão), Jesus passou uma fase de sua vida em meio aos homens, difundindo a Sua divindade entre todos e anunciando o Reino de Deus por meio de mensagens de salvação (fase que chamamos de vida pública de Jesus).

Cumprindo os desígnios divinos, Jesus haveria de voltar para o Pai. Porém, sua missão de anunciar a Reino de Deus à todos os povos e transmitir a salvação à toda criatura haveria de continuar até a consumação dos tempos. Por isso Jesus institui a Sua Igreja, com a finalidade de continuar a Sua missão aqui na Terra.

Dos 12 Apóstolos de Jesus, Simão Pedro tinha características de liderança. Então, um dia Jesus disse a ele: “Eu te declaro, tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus”. (Mt 16, 18-19)

Com estas palavras, Jesus institui a Sua Igreja e se dirigiu à Pedro para confirmar o mandato de governá-la, deixando claro que a Igreja é “propriedade” Dele.

É preciso notar com atenção várias coisas nestas palavras de Jesus. Ele disse “a minha Igreja”, isto é, no singular e de maneira determinada. Ele não disse a Pedro, sobre ti edificarei “uma” Igreja, de maneira indeterminada, como se pudesse haver outras, mas “a” minha Igreja, no singular. Usou o artigo definido e no singular.

Só há então, uma Igreja Dele, esta que Ele próprio fundou e entregou à Pedro para apascentar, junto com os Apóstolos, o rebanho do Senhor.
No entanto, a Igreja de Cristo, é a Igreja de Pedro, é a Igreja Católica, que já teve 265 sucessores de Pedro (os Papas) e que se mantém numa corrente histórica ininterrupta desde Cristo até nós, nos dias de hoje, afim de que, por meio dela, a missão de Jesus seja fielmente continuada até a consumação dos tempos.

Todas as outras “igrejas” que surgiram com o passar do tempo, foram frutos do desligamento da única Igreja fundada por Cristo, formando facções fundadas simplesmente por homens, não conservando então, a sucessão de Pedro e nem a sucessão Apostólica.

Portanto, a Igreja Católica é a única que o próprio Cristo fundou e desejou neste mundo, para que, por meio dela a humanidade fosse levada de volta para Deus.

Igreja: manifestada pelo Espírito Santo.

“Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. (Mt 28,20)

Foi com esta promessa que Jesus se despediu dos discípulos antes de subir ao céu.

Antes de Jesus sofrer a sua paixão, na noite da despedida, naquela última Santa Ceia memorável, Ele deixou bem claro para os Apóstolos, que eles teriam a assistência permanente do Espírito Santo. Jesus disse: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito (defensor), para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos.” (Jo 14-16-18b)

Jesus foi enfático, o Espírito Santo não só “permanecerá convosco”, mais ainda, “estará em vós”, eternamente.

Na mesma noite da despedida Jesus ainda disse aos Apóstolos: “Digo-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14,25-26)

E ainda, naquela mesma noite, o Senhor disse-lhes mais uma vez: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade...” (Jo 12-13)

Aqueles homens simples da Galiléia, não tinham condições de assimilar todas as verdades da fé, toda a teologia que hoje a Igreja conhece, depois de muito estudo e reflexão. Jesus, então lhes explicou que o Espírito Santo, o Espírito da verdade, os guiaria à verdade no futuro.

Então, depois de Jesus ter cumprido os desígnios do Pai aqui na Terra (Paixão, Morte e Ressurreição) e voltar glorioso para o Pai (ascensão), há o nascimento efetivo da Igreja de Cristo. Jerusalém, a cidade onde se desenrolou a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, foi também o berço da Igreja.

No dia da Ascensão, Jesus tinha dito: “O Espírito Santo descerá sobre vós e dele recebereis força. Sereis, então, minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até os confins da Terra.” (At 1,8).

Os Apóstolos deixaram Betânia, onde aconteceu a Ascensão e voltaram para Jerusalém, onde ficaram rezando, junto com Maria e alguns discípulos, num local chamado cenáculo. Estando eles todos reunidos em profunda oração, veio do céu um ruído semelhante ao de um vento muito forte que encheu toda a casa onde estavam. E apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repousaram sobre a cabeça de cada um deles. A partir deste momento, os Apóstolos foram transformados. Era o Espírito Santo que formava, naquele dia, a primeira comunidade Cristã – a Igreja.

Era a festa de Pentecostes, uma das mais importantes festas dos judeus. Nesse dia, os judeus de todas as partes do Império Romano vinham a Jerusalém oferecer suas ofertas no Templo.

Pedro, dirigindo sua palavra a todos que ali se encontravam, falando em nome da Igreja recém-nascida, faz a sua primeira pregação sobre a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo, anúncio fundamental da pregação da Igreja. (cfr. At 2, 14-36) A partir de então, houve as primeiras conversões.

Assim começou a vida da primeira Comunidade Cristã. Os primeiros cristãos viviam unidos e tinham tudo em comum; vendiam suas propriedades e os seus bens e dividiam-nos entre todos, conforme as necessidades de cada um. Freqüentavam o templo assiduamente e louvavam a Deus com alegria. Cativavam a simpatia de todo o povo. (cfr. At 2, 42-47)

Pontos constantes na Igreja Primitiva:

  •     Mínimo de estrutura (sem prédios, sem instituições, sem papéis);
  •     Máximo de vida (os cristãos se preocupavam mais em viver do que apresentar formulações teológicas. O testemunho de vida levava todos a acreditarem nas palavras deles);
  •     Realidade (eles conheciam os problemas da época);
  •     Impulso Missionário (os problemas não os impediam de continuar o caminho proposto por Cristo);
  •     Partilha (todos entregavam espontaneamente aquilo que lhes sobrava, para que fosse repartido entre os pobres).

Apesar de não serem aceitos pelas autoridades, os primeiros cristãos encontraram grande aceitação no meio do povo, especialmente entre os pobres. A pregação dos apóstolos e acima de tudo, a vida que eles apresentavam, testemunhando as próprias palavras, ia atraindo cada vez mais pessoas para o cristianismo.

O crescimento das primeiras comunidades cristãs criou conflito entre a sociedade antiga (romana) e a nova sociedade cristã, dando origem às grandes perseguições.

As pregações e o modo de ser dos primeiros cristãos incomodavam as autoridades, pois repudiavam as injustiças e opressões para com os menos favorecidos. Eles denunciavam e enfrentavam os governantes da época em relação às coisas que iam contra aos princípios deixados por Cristo. Por isso, os cristãos passaram a ser violentamente perseguidos, fazendo com que muitos deles se refugiassem em outras regiões. Isso, ao invés de enfraquecer a Igreja, fez com que ela crescesse e se expandisse para além da Palestina. Os cristãos, mesmos após fugirem, não abandonaram os ensinamentos recebidos dos Apóstolos, passando a anunciar a “Boa Nova” do Evangelho nos lugares onde foram habitar.

Principais causas da expansão do Cristianismo no início da Igreja:

  •     Grande entusiasmo dos apóstolos para a missão;
  •     A esperança de construir uma nova sociedade onde o povo pobre e sofrido teria vez. Fermento novo de fraternidade e justiça;
  •     A força do Evangelho é fundamentada na Ressurreição de Cristo e na presença viva e permanente do Espírito Santo;
  •     Dispersão dos judeus convertidos, formando novas comunidades em outras cidades.

Vimos então, que terminada a obra que o Pai havia confiado ao Filho para realizar na Terra, foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes para santificar e dar assistência permanentemente à Igreja. Foi então que a Igreja manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho pela pregação. A Igreja é, por sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todos os povos para fazer deles discípulos.

Para realizar sua missão, o Espírito Santo dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos. Por isso a Igreja, enriquecida com os dons de seu Fundador e empenhando-se em observar fielmente seus preceitos de caridade, humildade e abnegação, recebeu a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus e de estabelecê-lo em todos os povos sob à Luz do Espírito Santo.

“O Espírito Santo é a alma da Igreja.”

Igreja somos nós, povo convocado.

A palavra “Igreja” (do grego <<“Ekklésia”>>) significa “convocação” ou também “povo convocado”. Designa a assembléia daqueles que a palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo místico de Cristo.

Muitos pensam na Igreja como um grupo social, de pessoas reunidas com determinada finalidade, como qualquer outro fenômeno associativo. Assim, uma comunidade cristã seria algo como um grupo de amigos, um clube ou uma associação beneficente. Porém, Igreja não é isso.

Igreja somos nós! Igreja é comunidade viva, é viver em comunhão, é povo convocado a ser “soldado” de Cristo. E sendo Igreja, temos um grande compromisso para com nossos irmãos, vivendo a Boa Nova de Jesus. É necessário que vivamos o amor de Jesus Cristo e que coloquemos em comum tudo aquilo que temos, como nos falam os Atos dos Apóstolos (cfr. At 2, 42-47).

A união concreta dos cristãos é uma tarefa de todo dia. Por isso, devemos ter o sentido de responsabilidade, isto é, devemos contribuir com as nossas próprias qualidades e aptidões (dons), para atender às necessidades de todos os nossos irmãos.

A Igreja, então, não é uma casa, um prédio. Nem somente o Papa, os Bispos e os Padres. Eles também são Igreja e estão a serviço da Igreja. Porém, Igreja é toda a família de Deus, Igreja somos todos nós. Portanto, a realidade de “Igreja-Povo-Comunidade Viva” é um compromisso que depende muito de todos nós.

Nós, Igreja, somos unidos em Cristo por um vínculo, uma ligação espiritual e real.

São Paulo, numa de suas cartas aos Coríntios, nos fala: “Somos um só corpo, que é formado de muitas partes” (1Cor 12,20). Este “corpo” que São Paulo diz, é a Igreja, corpo místico de Cristo. Essas “muitas partes”, somos nós, membros do corpo místico de Cristo. E a cabeça deste corpo místico, é o próprio Cristo.

Entramos neste corpo místico de Cristo, no momento de nosso Batismo: pelo poder de Deus, pelo sinal da água e pelas palavras transmitidas pelo próprio Cristo. Ou seja, pelo nosso Batismo, nos incorporamos à Igreja de Cristo. Cada um que é batizado é enxertado em Jesus, como um ramo é enxertado em um tronco e passa a fazer parte dele.

Pela Igreja, somos membros de Cristo. Portanto, Cristo vive na sua Igreja! Daí então, em nós e através de nós vai se realizando no mundo o plano de Salvação: pelo anúncio da Palavra de Deus, pela celebração dos Sacramentos que tornam presente e realizam a salvação, pelo testemunho de vida e pela ação de cada um de nós. Em nós e através de todos nós, unidos num mesmo Corpo, que é a Igreja, unidos à Cabeça desse Corpo, que é Cristo, que nos conduz através dos Apóstolos e de seus sucessores (os Bispos em comunhão com o Papa, sucessor de Pedro), pelo poder da assistência do Espírito Santo, vamos sendo “Sal da Terra e Luz do Mundo”, caminhando em direção ao Reino de Deus.

É missão de todos os batizados, a exemplo de Cristo, transmitida a Pedro, nosso primeiro Papa:

  •     Observar e denunciar o que fere a dignidade humana;
  •     Incentivar o amor fraterno, levando todas as pessoas à participação e comunhão, no compromisso de solidariedade aos irmãos, principalmente àqueles que são colocados à margem da sociedade;
  •     Anunciar a mensagem de Jesus, por meio de palavras e principalmente pelo testemunho de vida, em todos os lugares que estivermos, principalmente fora da comunidade.
  • Como Cristãos, membros do Corpo de Cristo, precisamos estar sempre atentos em:
  •     Ver as coisas boas e más da comunidade e descobrir o que podemos fazer diante disso;
  •     Realizar o Reino de Deus nos ambientes em que vivemos;
  •     Conhecer e participar do plano de trabalho da Igreja do Brasil, da Diocese, da Paróquia;
  •     Se aprofundar e buscar sempre o “amadurecimento” de nossa fé.
  •     Participar ativamente da comunidade, engajando-se em algum movimento pastoral.

Embora a Igreja seja constituída de homens, nunca devemos nos esquecer de sua divindade. A Igreja está na história, mas ao mesmo tempo a transcende. É unicamente “com os olhos da fé” que se pode enxergar em sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina.