A sexta feira santa é dia da celebração da paixão e morte de Jesus. Dia em que se recorda o que o pecado foi capaz de fazer! Jesus entrega-se à morte livremente para destruir a força que o pecado tinha sobre nós, de nos desconectar de Deus. Jesus com sua morte de cruz rompeu com essa fatalidade e liberou as portas do paraíso. Encarrou a morte de cruz para realizar a missão que o Pai lhe confiara. Foi fiel até o fim.
Na sexta-feira santa todos nós mortais nos identificamos com o Cristo sofredor, porque como diz Isaias: “carregou sobre si nossas dores”. Nos sofrimentos dEle, encontramos sentido para os nossos sofrimentos.
Hoje é um dia especial de nos solidarizarmos uns com os outros e nos mantermos num silêncio que contempla todo esse sofrimento. Acompanhar Jesus em sua trajetória para a cruz é lembrar que Ele participa conosco de nossas lutas contra o sofrimento, mas também nos aponta para eliminar tudo aquilo que nos separa uns dos outros, nossas intrigas, nossas desavenças, nossos ódios, nossa falta de esperança, nossos rancores, que nos desumanizam, nossas vaidades, nossas maldades, nossas injustiças, nossa falta de solidariedade. Tudo isso se constitui num “vírus” que destrói a paz e gera o pecado em nós. A cruz de Cristo é sinal de que nela foi pregado junto com Cristo tudo isso que nos afasta de Deus.
O sangue lá derramado é a vida que é tirada aos poucos de nossos irmãos que sofrem fome, dos que não tem lar, dos que estão desempregados, dos que são excluídos por causa do preconceito, dos que são ignorados em suas histórias, dos que são exilados por causa das perseguições, dos doentes sem atendimentos, dos injustiçados porque não tem quem os defenda, dos martirizados por causa de suas crenças, dos difamados em sua honra, dos inocentes mortos ou abandonados à própria sorte.
O sangue de Cristo derramado o levou à morte, deixando na cruz o sinal do pecado que foi crucificado, mas também o preço do resgate pago por todos nossos males. Por um dia a morte pareceu ter vencido, mas passada a noite, surgiu a nova manhã reacendendo a vida que havia se apagado.
Entendemos então, o que nos diz a liturgia da Palavra desse dia. A voz do Profeta Isaias que faz um retrato do ”servo” que assume sobre si as nossas dores. “ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço de nossa cura”. Na carta aos Hebreus: Cristo (...) mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. Mas na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem”.
Lendo em seguida o relato da Paixão, diante dos olhos aparece o cenário de um processo iníquo realizado pelos principais chefes reinantes na época e a crucificação de Jesus no Monte Calvário como ato final da entrega de Jesus ao Pai, realizando a sua “Hora”.
A Sexta-Feira Santa é uma sexta feira diferente das demais do ano. Há uma identificação das pessoas nos sofrimentos de Cristo. E na sensibilidade delas ficam palpáveis a busca de significado para suas vidas sofridas. Há um consolo que advém da cruz, porque nela estão retratados os anseios mais profundos que nascem de um coração que precisa de força e consolação.
Jesus nesta Sexta-Feira Santa contemplamos os teus sofrimentos físicos, psicológicos, espirituais. Tu mesmo disseste que tua alma estava aflita, suaste sangue no jardim das oliveiras, pediste ao Pai se fosse possível, afastasse àquele cálice. Contudo disseste que prevalecesse a vontade do Pai. E assim aceitaste submeter-te à morte de cruz.
Senhor queremos aprender com teu exemplo, suportar nossos sofrimentos inevitáveis. Queremos que nos ajude a colocá-los na perspectiva de tua cruz. Só assim eles ganharão sentido e se tornam para nós também redenção.
Na sexta feira santa multidões se acercam de ti, identificados em teus sofrimentos. Acolhe, Senhor a dor humana carregada em cada coração. No peso que carregaste em tua cruz estavam nossos pecados. Que tua misericórdia sufrague nossas maldades e teu sangue derramado, cicatrize nossas feridas e purifique nossos corações do mal.
Senhor Jesus, no percurso até o calvário caíste três vezes. Em nosso caminho caímos muito vezes. Pedimos Senhor, tua ajuda para nos levantar como tu fizeste, ajuda-nos a carregar nossa cruz.
Tua entrega na cruz onde tudo se consumou, foi o grito libertador do peso que pairava sobre nós desde Adão. Tua morte na cruz nos libertou da escravidão a qual estávamos submetidos.
Obrigado Senhor por terdes morrido por nós. Em tua cruz está o sinal de nossa vitória e é com ela que venceremos o mal! Amém
P. Deolino Pedro Baldissera, sds
Na quinta feira santa, primeiro dia do tríduo pascal, celebramos a instituição de dois sacramentos essenciais para a vida da Igreja. Eles foram instituídos por Cristo simultaneamente na Última Ceia. O sacramento da Eucaristia e o Sacerdócio. Jesus ao tomar a ceia com os discípulos, no final dela, tomou o Pão e disse “isto é meu corpo. tomai e comei”. Depois tomando o cálice disse, isto é meu sangue tomai e bebei! E completou dizendo, todas às vezes, que fizerdes isso, fazei-o em memória de mim. Poucas palavras e os dois sacramentos estavam entregues aos discípulos para continuarem a celebrá-los sempre. Reflitamos um pouco sobre o sacramento da Eucaristia. “Isto é meu corpo, isto é meu sangue”. Que mistério grande Jesus estava propondo aos discípulos, difícil, talvez naquela hora, dos discípulos entenderem o significado. Embora Jesus já tivesse se referido a ele em diversas ocasiões de seus ensinamentos como aquele: “eu sou o pão vivo descido do céu”; Nas bodas de Caná ao transformar água em vinho. Que maneira nova e espetacular Jesus encontrou para permanecer conosco como força e alimento. Esse sacramento se constitui na Igreja um tesouro raro e indispensável. Sem ele nosso corpo espiritual se esvairia facilmente. O pão (corpo) é o alimento cotidiano de nossas mesas, por ele nós trabalhamos, suamos, pois, ele é garantia de vida do corpo. Jesus toma isso que nós já sabíamos o significado e dá ao pão de seu corpo como um alimento espiritual que sustenta nossa caminhada de fé. Vinho, que na época também era símbolo de alegria e comunhão ele não podia faltar nas festas. Sua cor facilmente associada a cor do sangue que corre nas artérias que fazem circular a vida. Esse sangue que Jesus ia derramá-lo na cruz como gesto de sua entrega ao Pai e de amor por nós. Nestes dois elementos, pão e vinho, se esconde o grande mistério de nossa fé. A final da consagração nos é apresentado: eis o mistério da fé! E nós dizemos que proclamamos sua morte e ressurreição!
Jesus ordenando aos discípulos que o façam em seu nome, institui o sacramento do sacerdócio, diferente daquele do antigo testamento onde os sacerdotes ofereciam a Deus animais sacrificados. Agora Jesus substitui todos aqueles tipos de oferenda, pela oferenda única que é seu próprio corpo. E é isso que os discípulos devem fazer para celebrar sua memória! Eles, depois da morte e ressurreição de Jesus, começaram a por em prática isso que Jesus lhes dissera, reuniam-se nas casas e faziam a “fração do Pão” junto com suas orações. Isto foi sendo passado de geração em geração e a Igreja como continuadora da missão de Cristo a preservou e continuou pelos séculos afora. Com o tempo a igreja em sua liturgia foi dando uma estruturação e indicando o modo de celebrar a fração do pão. Nós a conhecemos por missa, que nada mais é que a reunião dos seguidores de Jesus que se reúnem como igreja viva, nas igrejas (templos) para continuar ouvindo a Palavra de Jesus e alimentando-se de seu corpo e sangue.
O sacerdócio instituído por Cristo tornou-se sacramento. Sinal visível de uma graça invisível. Jesus havia dito aos seus discípulos que não foram eles que o escolheram, mas sim Ele que os havia escolhido para irem e fazer tudo aquilo que Ele havia mandado. O sacerdócio é dom à Igreja à serviço da comunidade cristã. Cristo hoje continua escolhendo seus sacerdotes pelo dom da vocação. Como os discípulos da época também os de hoje são chamados para o serviço da missão, como aqueles também estes continuam humanos como suas limitações e deficiências, contudo, é pela graça de Deus que são continuadores da obra de Jesus, particularmente através deles enquanto fazem o “caput Christi”, se fazem lugar tenente de Cristo. No altar enquanto celebram a eucaristia o fazem em nome de Cristo. “Fazei isto em memória de mim”.
Na quinta feira santa ao iniciarmos o tríduo pascal recordamos a última ceia de Cristo e nela recebemos o presente da eucaristia e do sacerdócio.
Como os discípulos também nós repetimos: “Senhor dai-nos sempre deste Pão”, porque quem dele se alimenta possui a vida eterna.
Senhor, hoje celebramos dois sacramentos que nos deixastes como sinal de tua presença entre nós. Deste-nos a eucaristia, teu corpo e sangue, para alimentar nossa vida de fé e fazermos comunhão contigo. Deste-nos o sacerdócio para em teu lugar celebrar a eucaristia e os demais sacramentos.
Senhor, desperta entre os jovens a vocação ao sacerdócio. Faltam tantos! Há tantas comunidades sem eucaristia porque não tem quem a celebre em teu nome. Envia-nos novas vocações te pedimos neste dia da instituição do sacerdócio.
Obrigado por esses presentes tão necessários à nossa vida. Neste dia tão especial queremos renovar diante de ti nosso amor filial e nosso desejo profundo de permanecer na tua graça. Só assim sabemos que seremos felizes vivendo a alegria que tua presença nos proporciona.
Nesse dia especial renovamos também nossos compromissos com a missão que nos deixaste de anunciar-te a todos as nações, raças, línguas e povos. Abençoa nossa missão e que tua graça a torne fecunda. Amém
À cada semana santa que celebramos, revivemos os maiores mistérios de nossa fé.
Na quinta-feira santa entramos no mistério eucarístico. Jesus institui o sacerdócio e a eucaristia. Como entender em profundidade o mistério que aí se esconde? Jesus toma pão - pão e vinho – vinho, e sem mudar suas aparências e características físicas e químicas, os transformam em seu corpo e sangue. Quem deles comunga, come e bebe o corpo e o sangue de Cristo, com gosto de pão e de vinho. Se dissesse a uma criança que ali está Jesus, ela talvez não entenderia, porque ela ainda não consegue “ver” com os olhos da fé. Ela poderia dizer que comeu apenas um pãozinho e nada mais. É preciso estar imbuído da Palavra de Jesus que afirma que ali é Ele quem está presente em sua realidade plena. Após a consagração, ao ouvir que isto é mistério da fé, respondemos com convicção que nós reconhecemos, afirmando que ali se realiza a morte e ressurreição e que nós aguardamos com ansiedade vinda de Jesus. O celebrante (padre, bispo, papa) o faz não em seu nome, mas, em nome de Cristo. Jesus conferiu esse poder ao sacerdote pelo sacramento da ordem por Ele instituído na quinta-feira santa. “todas às vezes, que o fizerdes, fazei-o em memória de Mim”! Eis aí os mistérios da quinta-feira santa. Dois mistérios celebrados na quinta-feira santa,
Na Sexta-Feira Santa celebramos a paixão e morte de Jesus. Também aí se esconde outro mistério de nossa fé. Quem poderia imaginar que o próprio Deus tomasse corpo humano e o oferecesse livremente à morte de cruz, como prova definitiva de amor por nós, num gesto salvífico que atingiu a todos os que vieram antes de Dele e os que nasceram depois ou ainda virão enquanto o mundo existir? Não haverá outra redenção, a de Cristo foi definitiva. A força deste gesto ultrapassa os séculos e gerações. É todo o universo redimido nessa cruz salvadora.
No sábado santo celebramos o grande mistério da ressurreição. Cristo ressuscita dos mortos. O crucificado se manifesta vivo diante de testemunhas, que se tornam portadoras de sua mensagem para todos os povos, tempos e recantos do mundo. O aleluia que é proclamado manifesta a alegria do mistério aceito, no qual se coloca todo o sentido da vida e da morte. É um eco que ressoa no universo e canta o hino eterno junto com o coro dos anjos e santos. “Exultet” (exulte) proclama a grande Páscoa, que não é mais uma passagem por água oceânicas, mas a que vai para além dos níveis terrenos alçando-se nos albores eternos.
No domingo da Páscoa, a grande festa cristã, se estende para um perpétuo “Dia do Senhor”, recordado em cada eucaristia que é celebrada nas milhares de igrejas, templos, capelas e outros recantos sagrados. Resplandece nesse dia de Páscoa, o mistério da ressurreição, que selou para sempre a redenção e a salvação.
A semana santa que ocorre cada ano, revive esses grandes mistérios que dão sentido à fé cristã e razão de viver para e dos cristãos.
Que os mistérios de nossa fé celebrados na semana santa encham sua vida de um “aleluia” alegre e festivo, porque mais uma vez pode-se viver os grandes momentos de Deus em nossa história humana.
Feliz será você quando vivenciá-la nas celebrações que participar, celebrando os mistérios de nossa fé!
P. Deolino Pedro Baldissera, sds
No domingo de Ramos celebramos a memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém pouco antes de ser condenado à morte. O povo o aclamava dizendo, “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Saudavam-no com ramos de forma simples e espontânea, manifestando sua esperança de ver o verdadeiro Rei Messias que vinha ao encontro do seu povo para definitivamente salvá-lo pela oferta livre de sua própria vida.
Na leitura da paixão vamos ouvir o passo a passo da trajetória de Jesus até a morte de cruz. Antecedendo sua prisão no monte das oliveiras reza ao Pai que afaste dele aquele cálice, mas pede que prevaleça a vontade do Pai e que ela se cumpra. Humanamente sofre a angústia que antecede a morte, sua sangue! seus discípulos estão sonolentos e dormem, não conseguem vigiar com Ele. Os soldados capitaneados por um dos discípulos de Jesus, Judas, chegam para prendê-lo. Em reação instintiva Pedro saca da espada e fere um dos soldados. Jesus manda Pedro embainhá-la e deixar que se cumpra o projeto do Pai. Sua prisão no monte das Oliveiras se deu na escuridão da noite. Momento de trevas. Os “condenantes” de Jesus contrariados em seus interesses preferem-nas (as trevas) à luz de Cristo. Essa história que é velha, mas se repete ainda hoje, mesmo depois de Jesus ter provado que era o enviado do Pai, com sua morte e ressurreição! O gênero humano ficara marcado pelo pecado original impresso em seu íntimo. Jesus destruiu esse destino que pairava sobre os humanos de “excomungados” de Deus, tornando-os novamente filhos pelo batismo.
Do horto Jesus foi levado à prisão e logo a juízo, passando pelas várias estâncias julgadoras. A primeira delas diante do sumo sacerdote Caifás com seus co-juízes, escribas e anciões. Enquanto isso, Pedro seguia o mestre de longe, foi sentar-se entre os servos para ver o que ia acontecer. O sinédrio e sumos sacerdotes procuram argumentos para o condenar, sem os ter buscam falsos testemunhos para embasar-se. Encontram alguém que diz ter ouvido de Jesus a afirmação “posso destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias”, foi o suficiente para os exaltados juízes rasgarem suas vestes e condená-lo por blasfêmia. O consenso de todos foi “ele merece a morte”. Imediatamente começam a bater em Jesus e desafiá-lo se é Messias. Pedro foi denunciado como um de seus seguidores, mais do que depressa negou essa condição. “eu não conheço este homem”! Nesse interim o galo cantou. Foi o despertador da consciência de Pedro, que se lembrou do que Jesus lhe dissera, que o negaria três vezes. Arrependido chorou amargamente.
Depois de ter passado a noite em claro, enquanto o sinédrio todo deliberava e escrevia a sentença de morte, mandaram amarrar Jesus e na manhã seguinte levaram-no até Pôncio Pilatos, autoridade suprema que podia assinar a sentença de morte e tudo estaria concluído. Faltaria apenas a execução! Judas sabendo da condenação de Jesus devolve as trinta moedas de prata e no desespero vai enforcar-se.
Jesus diante de Pilatos. Este chega com sua imponência de juiz supremo e interroga Jesus: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus confirma que é! Segue outras perguntas diante das quais Jesus fica em silencio (perturbador para Pilatos). Pilatos antes ainda de lavar as mãos fez uma manobra para evadir-se da responsabilidade. Propôs, aos acusadores e ao público arrebanhado para torcer em favor da condenação, uma alternativa. “quem quereis que vos solte, Jesus ou Barabás?” enquanto aguardava o veredito da multidão insuflada, foi alertado por um enviado da esposa “não te envolvas na questão deste Justo”. Diante da resposta que a preferência de soltura fora por Barabás, Pilatos ficou sem saída e não sabia o que fazer com Jesus. “Que farei então com Jesus a quem chamam de Messias?” “seja crucificado”, foi a resposta. Numa última tentativa de livrar-se da responsabilidade, pergunta, “mas que mal fez ele”? desesperado diante do vozerio pedindo pela crucificação pede água e lava as mãos! Mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. Seus soldados despiram Jesus e lhe puseram uma capa escarlate. Com espinhos, trançaram uma coroa e a colocaram na cabeça de Jesus e um caniço na mão direita, cuspiram nele como sinal de desprezo e ajoelhando-se diante dele dizendo ironicamente “salve, rei dos judeus”! tiraram a capa, revestiram-no com suas vestes e partiram para o crucificar. Na saída encontraram Simão de Sirene e fizeram-no ajudar a carregar a cruz. Temiam que Jesus morresse pelo caminho! Chegando ao Gólgota deram para beber um anestésico, vinho misturado com fel, Jesus provou-o, mas não bebeu. Crucificaram-no. Enquanto aguardavam o desfecho repartiram entre si pela sorte as vestes de Jesus. Por mandato de Pilatos puseram o tabuleiro na cruz onde estava escrito: “Jesus Nazareno, rei dos Judeus”. enquanto Jesus agonizava zombavam dele dizendo “tu que destróis o Santuário e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo, se és o Filho de Deus e desce da cruz!”
A partir do meio-dia se fez trevas sobre a terra até as três da tarde! Um contraste nunca visto, na hora da plena luz, meio-dia, as trevas se apoderam e tomam conta. A luz verdadeira, passando pela morte ia apagá-la definitivamente para torná-la nova e cheia de luz do novo dia da ressurreição. Jesus exclama: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste...?” com voz forte gritando novamente, entrega seu espírito ao Pai. Tudo se abalou, o véu do templo se rasgou, a terra tremeu, os túmulos se abriram. À vista disto o centurião e seus subordinados, confessam “verdadeiramente, este era o filho de Deus”.
Este é o cenário de nossa celebração no domingo de Ramos. Com isto em nossa mente entremos na celebração da semana santa.
P. Deolino Pedro Baldissera, sds