Desde sua posse como 6º Bispo Diocesano de Jundiaí, Dom Arnaldo tem dedicado os dias de seu governo a conhecer os diversos organismos de nossa Igreja Particular de Jundiaí, percorrer o território diocesano, entre inúmeras outras atividades administrativas e pastorais.
Desse modo, na última sexta-feira, dia 14 de abril, o encontro foi entre o Bispo e a equipe de coordenação da Pastoral Diocesana Fé e Política e Conselho de Leigos. Na pauta da reunião, a apresentação e breve avaliação da atuação de ambos organismos na vida diocesana.
Dom Arnaldo gostou muito de tudo o que ouviu e incentivou a continuidade das ações encaminhadas até os dias atuais. Perguntado pelo Pe. Norberto Savietto, assessor diocesano da Pastoral Fé e Política, sobre qual orientação ele daria para a caminhada da Pastoral Fé e Política, o Bispo respondeu: “Estar aberto a todos, ou seja, a pastoral é suprapartidária, ela é um espaço da Igreja onde refletimos e nos empoderamos da Política com "P", ou seja, aquela que é promotora do Bem Comum. Por isso fundamental que os membros da Pastoral tenham formação na dimensão da Doutrina Social da Igreja, pois ela é o princípio das Pastorais Sociais e da nossa forma de compreender a Política, independentemente das opções partidárias. Devemos sempre ser promotores do diálogo com todos os seguimentos, saber ouvir e expor nossas opiniões sem dar espaço a agressividade. Promover espaços de Estudos. E aqui apresentamos a importância do Núcleo Diocesano de Formação de Fé, Política e Cidadania”.
Dom Arnaldo falou ainda da importância de que cada agente da Pastoral, cada pessoa tenha compaixão para com aqueles que mesmo caminhando nas comunidades não compreendem o fundamental no seguimento de Jesus. “Precisamos reconhecer os sinais dos tempos, a mudança de época em que vivemos. Ter cuidado com nossas ações que estejam na unidade com a Igreja. Sair do mundo das ideias e irmos para a realidade”. E completou: “Os agentes da Pastoral Fé e Política precisam ter ousadia em suas ações e cuidado com os pensamentos e as práticas”.
Na ocasião, ficaram definidas também as datas de 5 de junho e 6 de novembro para encontros entre o Bispo e políticos das 11 cidades que compõem o território diocesano, mantendo a tradição da Igreja de Jundiaí. Também foram definidas as temáticas a serem abordadas nesses encontros:
No primeiro encontro, em junho, a temática tratada será sobre o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). Para este evento também serão convidados os presidentes dos Conselhos Municipais instituídos. Um representante da coordenação estadual da Campanha da Fraternidade será o convidado e deve falar sobre o CONSEA e o agir da Campanha da Fraternidade 2023.
Os participantes terão oportunidade de partilharem suas experiências, além de indagação dos projetos e prazos para instituição dos conselhos nos municípios.
O segundo encontro, marcado para o mês de novembro, será momento de fala e partilha dos representantes dos municípios. Eles terão a oportunidade de apresentar a realidade dos Conselhos e suas ações nas cidades.
A equipe de coordenação informou ainda ao Bispo que, atendendo ao apelo da CF 2023, a Diocese criou, no mês de fevereiro, um Grupo de trabalho (GT) que reúne membros da Cáritas Diocesana e da Faculdade de Medicina de Jundiaí para atividades conjuntas.
Do encontro com o Bispo nesta sexta-feira, também participaram, o professor Donizete Scardelai, coordenador diocesano da Pastoral Fé e Política, Dolaine Regina C. Santos - membro do organismo, e Maria Angela Palma Ribeiro, coordenadora diocesana do Conselho Diocesano de Leigos.
O carisma salvatoriano consiste em se colocar a serviço da igreja e do mundo para anunciar a salvação a todos, de todos os meios e modos, para que todos conheçam a Deus e a Jesus Cristo e tenham vida. A proposta de Padre Jordan é anunciar Jesus Cristo para todos, sem distinção, levando em consideração as peculiaridades de cada pessoa.
A proposta da psicologia é compreender o ser humano em sua plenitude, suas nuances e particularidades, e assim auxiliar a pessoa a transcender para além das barreiras que lhe causam sofrimento, podendo viver uma vida feliz e saudável dentro do sentido à pessoa que se trata. Quando o carisma salvatoriano propõe sua maneira de anunciar o evangelho, também propõe uma reflexão a partir dos possíveis resultados que esse anúncio pode trazer. Podemos apresentar isso pelas palavras fé, esperança e amor.
A fé é puramente acreditar sem ter informações concretas, porque se tem certeza de que é real o que cremos.
Para termos fé devemos compreender o que estão nos falando. A proposta do anúncio do evangelho diante do carisma salvatoriano é ser um anúncio simples, não porque se considere que a pessoa que receberá esse anúncio não tenha instrução suficiente para compreender o que lhe é apresentado, mas sim, porque ao apresentarmos para a pessoa algo familiar e de fácil entendimento dentro do que essa pessoa já experienciou na vida, temos a capacidade de fazer com que essa pessoa se sensibilize mais e faça sua própria experiência espiritual, para assim então, compreender a magnitude do que estamos apresentando para ela: A salvação que vem de Deus!
A fé está relacionada a dar um sentido para a vida. A ciência leva em consideração a fé como uma motivação, algo que faz com que a pessoa possa planejar e executar coisas obtendo bons resultado em sua vida, essa proposta não significa que a ciência acredita em um Deus, mas que leva em consideração o movimento que o ser humano tem quando acredita em Deus ou em uma força espiritual, isso, porque é a fé que nos dá energia para enfrentar a vida e nossos propósitos baseiam-se na fé, não apenas a fé religiosa, mas a crença de que será possível chegar a algum lugar, executar algo a que se propõe. É a fé que nos move e nos dá ânimo, é alimento para nossas forças, para que possamos ir além das dificuldades, buscar um propósito de vida, nos preencher de fato e encontrar nossa vocação. Sendo assim, a fé religiosa não é única, mas considerada importante e fundamental para quem se dispõe à ela.
Assim como a fé está relacionada a dar um sentido para a vida da pessoa, do mesmo jeito a psicologia propõe auxiliar as pessoas a encontrar seu sentido de viver, a motivação que as preencham e auxiliem de forma mais saudável e produtiva. Por isso, para a psicologia, muitas das questões enfrentadas como dificuldades no cenário atual do desenvolvimento humano, podem ter alívio ou parte de solução ao se considerar as experiências de fé da pessoa que busca pelo auxílio psicoterapêutico.
Essa proposta, no entanto, precisa ser iniciada pela própria pessoa que busca o auxílio psicológico, porque o psicólogo em sua atuação não pode ser mais do que um facilitador à auxiliar a própria pessoa a se encontrar, sem então jamais poder influenciar a pessoa em seguir o que ele (psicólogo) acredita como ser real, espiritual ou até mesmo o correto a se escolher dentro dos valores morais. Sem dúvidas a fé é importante para a vida do ser humano, seja por um olhar religioso ou por um olhar da psicologia.
A esperança dentro do carisma salvatoriano deve ser, como diz Paulo Freire, a esperança do verbo esperançar, que nos anima, nos faz levantar e agir, e não a esperança do verbo esperar que nos faz apenas ter a expectativa de que tudo será melhor, mas se espera que isso um dia simplesmente aconteça como mágica.
O trabalho para a igreja nesse intuito traz a ideia de que me torno mais satisfeito e feliz ao doar do que receber, isso, porque ao me doar, torno viva a esperança de que estou um passo mais perto dessa proposta de que o mundo conhecerá a Deus. A proposta de nos tornarmos um só diante da vida em Cristo nos proporciona, não apenas se sensibilizar ao outro, mas ao contribuir, sermos felizes com a alegria do outro e ir além das pequenas coisas que nos prendem a momentos.
Compreender o anúncio do evangelho pelo carisma salvatoriano supera a simples ideia de propagação, para que cada vez se tenham mais pessoas envolvidas, talvez sem profundidade, como vemos a exemplo das redes sociais, mas sim de o difundir na simplicidade, numa propagação mais lenta, porém mais eficaz, que faz a pessoa crer e agir à forma de Cristo, tendo a esperança de que o anúncio é o nosso melhor propósito de vida pelo amor ao próximo.
A psicologia propõe que a pessoa tenha esperança de viver de forma feliz e plena, por entender que todos os dias ela poderá fazer essa escolha, mesmo que a sua realidade não seja perfeita, esperançosa de dias melhores possa se energizar, acordar e enfrentar a vida
De forma simples, Padre Jordan nos mostra que não devemos agir pensando apenas nas estruturas da religião, levando em conta apenas a hierarquia clerical, ao contrário, nos mostra que quanto mais formos humildes, mais Deus se apresenta em nós, e nos propõe que busquemos conhecer a Deus e nos preocupemos com o ensinar e não unicamente sacramentalizar.
Isso é muito semelhante ao conceito de que devemos ser fiéis ao que temos com o intuito de, na simplicidade e nos detalhes, conseguir mostrar mais do que os textos elaborados e cheios de termos difíceis podem nos mostrar. A proposta em especial é apresentar Deus ao outro considerando que essa apresentação será natural, não como um produto que se quer vender mas sim com a constatação da própria pessoa que, a partir do momento em que nos conhece dentro do carisma salvatoriano, conhece a Deus, quando percebe que nosso sentido de vida é esse: Levar Deus a todos de todos os modos e meios e manter viva a esperança de que o mundo um dia será capaz de conhecer o Deus único e verdadeiro e então fazer parte desse projeto que visa o bem maior para todos.
A exemplo do carisma de Jordan devemos ser fiéis e simples para mostrarmos que não são os textos complexos e com termos difíceis que ensinam, mas a apresentação humanizada de Deus ao outro, a que a pessoa possa constatar por si que o conhecer de Deus nos motiva a leva-lo nesse sentido: Levar Deus a todos, de todos os modos e meios, e manter viva a esperança de que o mundo um dia será capaz de conhecer o Deus único e verdadeiro e então fazer parte desse projeto que visa o bem maior para todos.
O amor é o sentimento que nos leva a desejar o bem para outra pessoa. O amor é o elo que liga a fé com a esperança.
Os sentimentos são importantes para os seres humanos, através deles, teremos respostas emocionais, ou seja, respostas físicas que nos auxiliarão a uma adaptação ao ambiente e então teremos a possibilidade de obtermos o melhor resultado diante do que esta acontecendo ao nosso redor, por exemplo, se estiver diante de um tiroteio, o medo me fará agachar e assim terei mais chances de não ser baleada e então sobreviver.
O amor é um sentimento que permite adaptarmo-nos ao próximo. Graças a ele compreendemos e aceitamos as diferenças, convivemos e conseguimos pensar em construir algo que nos faça felizes, assim como ao outro.
A psicologia trabalha com a ideia de que em alguns momentos devemos entender melhor o quanto conseguimos manejar os nossos sentimentos para obtermos o melhor deles e não o pior. Por exemplo, o mesmo medo que na descrição acima me salva, pode me prejudicar se for em quantidade exagerada, que me paralise totalmente ao invés de me fazer agir, assim, no mesmo exemplo do tiroteio, irei paralisar e ao não me proteger exponho-me à fatalidade.
Dentro do carisma salvatoriano devemos compreender que o pedido de Padre Jordan é que possamos nos colocar no lugar do outro, dentro do que é necessário, na medida certa, entendendo as necessidades que muitas vezes se diferem de tudo que já conhecemos. Nosso olhar dever ser também renovado de acordo com a realidade, por amor ao próximo, para que assim nosso propósito de anúncio seja eficaz. A psicologia nos auxilia a isso ao estudar e compreender o ser humano que se transforma ao longo do tempo, de acordo com as mudanças do ambiente que vive e das mudanças culturais. Compreender o ser humano da atualidade é fundamental para manter viva a proposta de levar Deus a todos de todos os modos e meios.
Papa Francisco nos pede uma igreja em saída, que vá ao encontro dos mais necessitados, sem discriminação, que acolha e aja às necessidades do próximo. Esse é o anúncio perfeito do evangelho, o que verdadeiramente Cristo faria, e por esse ato, movidos pela fé em Deus, nossa esperança nos faz agir com consciência e amor, que nos faz compreender o outro, e assim sermos verdadeiramente apóstolos, buscando o bem, tal como um psicólogo que se põe a serviço para que o outro encontre seu caminho. No anonimato, sem aplausos e sem plateia, apenas nós e o coração de outro ser humano, replicando o sonho de Padre Jordan.
------ Referências--------
Amatuzzi, M. M. (2003). Fé e Ideologia na Compreensão Psicológica da Pessoa. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(3), pp. 569 -575
C.I.S. (2019) Identidade Apostólica como Família Salvatoriana. Bebendo da Fonte do Carisma.
C.I.S. (2020) Palavra de Deus fonte de inspiração para Padre Jordan. Bebendo da Fonte do Carisma.
Mariana Karina de Jesus Gonçalves
Especialista em Psicologia Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia
Terapeuta Cognitiva Comportamental pelo Instituto de Psicologia e controle do Stress -SP
Psicopedagoga Institucional pela Universidade Católica Dom Bosco - SP
Nós, Irmãs Salvatorianas, pertencemos a uma comunidade internacional de mulheres religiosas e optamos por viver valores em comum, partilhando os nossos talentos pessoais, energia e nossa vida, como expressão do seguimento à pessoa de Jesus Salvador.
Somos chamadas a viver nosso Carisma Salvatoriano de tornar Jesus Cristo conhecido e amado, no contexto de nossa realidade brasileira, onde estamos inseridas, cultivando uma consciência crítica, assumindo uma postura consciente e buscando ser profundamente contemplativas e ativas em tudo o que realizamos. Estamos presentes em 31 países de 04 Continentes: Europa, América, África e Ásia.
De acordo com nosso Itinerário formativo, toda a formação Salvatoriana nos capacita a uma decisão pessoal e livre, para assumirmos nossa missão como mulheres religiosas Salvatorianas. Somos livres para tomar decisões, por isso, o tempo de preparação, discernimento e decisão é longo, no mínimo 10 anos, pois a jovem é livre para optar por prosseguir ou interromper o processo.
O processo da formação à Vida Consagrada Salvatoriana, tem duas fases especificas: formação inicial e formação continuada. O período que chamamos de noviciado, na formação inicial, é um tempo de aprofundamento no conhecimento de Jesus Cristo, o Salvador e sua proposta, na adesão ao Carisma, Espiritualidade e Missão da Congregação. É um tempo propício para a noviça experimentar profundamente sua vocação como fruto de uma escolha fundamental em sua vida. Essa fase assegura que a noviça assuma uma profunda experiência espiritual, que dê sentido e centralidade ao seguimento de Jesus Salvador: “Paixão por Jesus Salvador e pela humanidade”. A noviça é acompanhada pela formadora, de modo a tornar- se uma mulher de vida interior, aberta ao seu processo de conversão dentro de uma dinâmica de discernimento contínuo, que responda às necessidades do mundo numa Igreja em saída.
Nossa formação sempre é comunitária, portanto, é também uma aprendizagem para convivência com o diferente, acolhendo os desafios, as dificuldades e as alegrias de vivermos juntas como irmãs. Aprende-se, também, a viver em comunidade com aquelas que Deus colocou ao seu lado, aceitando as suas características positivas, bem como suas diferenças e limitações.
Busca-se ser uma mulher aberta para um processo de conversão e comunhão, onde é inegociável, para a Vida Religiosa Salvatoriana, que se faça algumas importantes experiências como a do conhecimento de Jesus Salvador; da humildade e solicitude profética; do esvaziar e cultivar-se para dar seu melhor como uma discípula que faz outros discípulos, e esteja disponível para sair de si a caminho da alteridade.
Nosso Carisma original tem sua inspiração no Bem Aventurado Padre Francisco Jordan e em uma corajosa Mulher, a Bem Aventurada Maria dos Apóstolos que procurou responder às necessidades de seu tempo, dando respostas corajosas e proféticas aos apelos da Igreja da sua época.
Os horizontes que nos orientam são o Evangelho e o Carisma Salvatoriano. Eles nos dão a Identidade de Mulheres Consagradas, Apostólicas Salvatorianas. Esses horizontes nos ajudam a estar atentas às necessidades da Igreja e do povo, onde nós, Salvatorianas, à semelhança de nossos Fundadores, somos chamadas a dar respostas específicas e proféticas aos clamores do povo que sofre.
Nossa missão é tornar Jesus Cristo conhecido e amado por todos, atuando na área da educação, da saúde alternativa, nas pastorais paroquiais, missão Ad Gentes, nos projetos e obras sociais, bem como nas diversas profissões que promovem e valorizam a vida. Assim, em nossa caminhada como Mulheres Salvatorianas, buscamos ser sempre uma presença salvífica, portadoras de esperança e alegria ao povo de Deus, de modo especial às mulheres, crianças, desamparados e excluídos da sociedade. Para isso usamos todos os meios e modos que o Espírito Santo nos inspirar.
Ir. Devanira Maria da Silva
O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 8 de março, porque em 8 de março de 1917 milhares de mulheres se reuniram no protesto na Rússia que ficou conhecido como "Pão e Paz".
Nesse protesto, as mulheres reivindicaram melhores condições de trabalho e de vida, lutaram contra a fome e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
A comemoração do Dia Internacional da Mulher frisa a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos.
Origem e história do Dia Internacional da Mulher
No dia 8 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II.
Esse evento, que deu origem ao Dia Internacional da Mulher, ficou conhecido como "Pão e Paz". Isso porque as manifestantes também lutaram contra as dificuldades decorrentes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Manifestação "Pão e Paz", na Rússia, em 1917
Entretanto, ao longo da história, outros acontecimentos recordam a luta das mulheres, que faziam longas jornadas de trabalho, recebiam salários muito baixos e, além disso, não tinham direito ao voto.
Anterior ao movimento das operárias russas, em 1908 houve uma greve das mulheres que trabalhavam numa fábrica de confecção de camisas chamada Triangle Shirtwaist Company, localizada em Nova York.
Essas trabalhadoras costuravam cerca de 14 horas diárias e recebiam entre 6 e 10 dólares por semana.
Assim, além de reivindicarem melhores condições de trabalho e diminuição da carga horária, as funcionárias buscavam aumento de salários. Isso porque naquela época, os homens recebiam muito mais do que as mulheres.
Em 28 fevereiro de 1909 aconteceu a primeira celebração das mulheres nos Estados Unidos. Esse evento surgiu inspirado na greve das operárias da fábrica de tecidos que ocorreu em 1908.
Em 1910, realizou-se na Dinamarca a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas. Na ocasião, Clara Zetkin, do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um dia dedicado às mulheres.
No dia 25 de março de 1911 um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company matou 146 mulheres, dentre as 500 que trabalhavam lá - desse número, cerca de 20 eram homens. A maioria das funcionárias que morreram eram imigrantes judias e algumas tinham apenas 14 anos.
Vale notar que o local não estava preparado para um incêndio, visto que não possuía extintores, o sistema de iluminação era a gás e era permitido as pessoas fumarem.
Após o trágico incidente, a legislação de segurança para incêndios foi reformulada e as leis trabalhistas foram revisadas e muitas conquistas foram adquiridas.
Existem versões diferentes sobre a origem do Dia Internacional da Mulher. Entretanto, tanto o protesto na Rússia como a greve nos Estados Unidos tinham um objetivo comum, que era alertar sobre o estado insalubre de trabalho que as mulheres estavam sujeitas.
Além disso, em decorrência de um mal-entendido feito por jornais alemães e franceses, foi criado um mito em torno de uma greve ocorrida no dia 8 de março de 1857 que, na verdade, não ocorreu.
Em homenagem à luta e às conquistas das mulheres, o Dia Internacional da Mulher foi definitivamente instituído pela ONU no ano de 1975, sendo que a escolha do dia 8 de março está relacionada com a greve das operárias russas de 1917.
No geral, a história das mulheres esteve marcada pela submissão, bem como pela violência. A despeito de hoje em dia a mulher ter alcançado muitos direitos, a luta ainda continua, visto que ainda sofrem com o preconceito, a desvalorização e o desrespeito.
Maria da Penha
Maria da Penha, a farmacêutica responsável pela Lei que leva seu nome
No Brasil, foi em 1932, no governo Getúlio Vargas, que as mulheres adquirem o direito ao voto.
Em 2006, por sua vez, foi sancionada a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, que cria mecanismos de proteção à mulher contra a violência doméstica. O nome é uma homenagem à farmacêutica que sofreu violência do marido durante anos.
Curiosidades sobre o Dia da Mulher
5 de setembro é comemorado o "Dia Internacional da Mulher Indígena" instituído em 1983. A data é uma homenagem à mulher quéchua Bartolina Sisa, esquartejada durante a rebelião anticolonial de Túpac Katari, no Alto Peru (atual Bolívia).
25 de novembro é comemorado o "Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher" instituído em 1981, no "Primeiro Encontro Feminista da latino-americano e do Caribe", e oficialmente adotado pela ONU em 1999. A data marca o assassinato das revolucionárias dominicanas "Irmãs Mirabal".
25 de julho é comemorado o "Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra". A data, instituída em 2014, é uma homenagem à líder quilombola que viveu no Brasil no século XVIII.
O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma excelente oportunidade para homenagear as mulheres e demonstrar o quanto elas são importantes na vida de todos nós.
ANGELA MARIA DE SOUZA CANDIDO
PEDAGOA COM ESPECIALIZAÇÃO EM ED. ESPECIAL.
Estamos iniciando um tempo litúrgico dos mais importantes de nossa Igreja, a “Quaresma”, e com certeza é necessário entendermos: O que é este tempo litúrgico? O que é Quaresma? Temos a oportunidade, além das catequeses, formações, e tantas outras oportunidades, em nossa Paróquia, ainda facilmente, numa busca pela internet conseguir informações e nos tornar conhecedores do tema, com um dos vários e bons conteúdos preparados por bons catequistas e padres iluminados.
Embora seja importante entender o que é a “Quaresma” o mais importante é vivê-la com toda a dignidade que este tempo pede.
A quaresma é um verdadeiro caminho de conversão, de mudança de vida, e de preparação para a maior de todas as festas, a Páscoa da Ressurreição.
Nosso amado “líder maior”, O Santo Padre, Papa Francisco nos dá um belíssimo exemplo, como faz a cada ano, com exceção dos anos de pandemia, e vem anunciar que fará um retiro espiritual pessoal, preparatório para a quaresma deste ano, e também recomenda aos seus irmãos, cardeais e bispos que moram com ele, que façam o mesmo. Para isto, já foi feito o anúncio pelo gabinete responsável, pois, na primeira semana da quaresma estão suspensas toda as rotinas, do Santo Padre, inclusive a tradicional Audiência Geral de quarta-feira.
Com este exemplo do Papa Francisco cada um de nós cristãos também somos chamados a fazer desde já uma preparação espiritual para melhor vivermos os quarenta dias de preparação a festa maior do cristianismo, a ressurreição de Jesus, a Páscoa.
Que nossa Igreja nos ajude a fazermos desta quaresma um verdadeiro roteiro em busca de conversão, que ao chegarmos no domingo de Páscoa, tenhamos realmente nos tornados homens e mulheres novos, se não ainda totalmente santos, mas que buscam de forma mais fortalecidos viver os ensinamentos de Jesus, o ser cristão, assumindo os compromissos, deveres e alegrias que isto nos traz.
Tivemos nos dias de carnaval em nossa Paróquia o Retiro Mariano, uma excelente possibilidade para quem busca um retiro oracional preparatório.
Durante este tempo, como já de costume teremos na Igreja, várias práticas que nos ajudarão, sendo como que balizas a nos mostrar o caminho.
A liturgia é uma delas, tanto a semanal e principalmente a dominical, que nos apresentará um sério e forte convite àquele que é o tripé de sustentação do cristão, o fortalecimento na oração, à prática da caridade e jejum, compromissos estes que são para toda vida, porém o convite neste tempo é mais forte, para que possibilite ao cristão uma aproximação com o
Sagrado, e um certo afastamento do profano, mesmo que continuemos nossas rotinas de trabalho, escola e convívio social ainda assim procuremos viver a dignidade da quaresma.
A oração pode ser de forma comunitária, nas tantas propostas da Igreja e de forma especial buscando participar no GEM (Grupo Eclesial Missionário), que traz suas meditações próprias para o tempo, mas também sem esquecer, da oração pessoal, a intimidade com Deus, pedindo ajuda ao Espírito Santo para sermos fortalecidos e animados...
A prática da Caridade, no seu sentido mais profundo, claro que pode ser fazendo uma doação, de um quilo de alimento, ou uma cesta básica conforme a possibilidade de cada um, e neste ano mais fortalecido pela necessária proposta da Campanha da Fraternidade, mas, além disto, a caridade de uma visita a um enfermo, a um idoso, a um irmão, um amigo que a muito não vê, que talvez precise dar ou receber perdão, caridade também no sentido de livrar-se de preconceito, da preguiça, do comodismo, de aceitar um convite e se tornar agente numa pastoral, movimento ou serviço da Paróquia...
O jejum, que não devemos ver como um castigo, uma punição, mas um bom propósito voltado para a privação de um alimento, ou de um prazer carnal, por um período, ou algo definitivo de uma refeição por exemplo. Existem as orientações da Igreja para se fazer um bom jejum, podemos a consultar, mas seria interessante darmos um real sentido ao jejum, tendo o entendimento que se tem maior valor quando é acompanhado de caridade e doação, quem sabe um jejum de sobremesa, ou chocolate, ou o cafezinho na padaria, ou a cerveja no fim da tarde, porém com um propósito de se juntar este dinheiro economizado com o jejum escolhido e doar a alguém, ou a uma instituição com certeza seu gesto terá maior valor para Deus e até mesmo para você.
Quaresma é tempo especial de buscar as penitências, as confissões comunitárias, ou nos horários de atendimento conforme possibilidades de cada um, este é até um dos mandamentos da Igreja, nos traz de volta aos braços do Pai, é tempo de buscar o perdão, tempo propício e conveniente de firmar o sério compromisso, de se livrar daquele chamado "pecado de estimação", tomando a real decisão de vida nova, de conversão, de se perceber fraco e incapaz por si só, mas que através da ajuda da igreja, de tantos testemunhos e de uma vida mais próxima ao Sagrado, assim conseguir viver a fé, mesmo que ainda imperfeita, mas se tornando cada vez mais próximo na imitação de Cristo, o que nos faz autênticos cristãos...
Quaresma é tempo de valorizar o silêncio, a simplicidade, a interiorização, para isso ajuda muito que a totalidade da igreja busque preparativos e conformidade adequados como ambiente despojado, livre de luxos e de excessos de adornos, com os instrumentos musicais voltados só para sustentar o canto, é tempo de dar especial destaque a cruz, ao cartaz da Campanha da Fraternidade, não se cantando o Glória nem Aleluia para aclamação ao Evangelho, com os paramentos na cor litúrgica roxo, lembrando-nos do tempo penitencial e de busca de interiorização, evitando bater palmas e gritar vivas.
Tempo forte e meditativo com a ajuda da Via-Sacra, em nossas comunidades, refazendo o caminho do calvário nos corredores da igreja na sequência dos quadros que nos recordam a caminhada dolorosa de Jesus.
Apesar disso, as liturgias quaresmais não devem ser algo triste e muito menos chato, é tempo de retiro de sobriedade de busca de crescimento espiritual, nos resguardando por um breve tempo, para no momento certo vivermos a grande alegria da Páscoa.
No Brasil temos a graça de ter um apoio a mais para melhor vivermos a Quaresma, que é valorizado por nosso Santo Padre, pela Igreja Católica Apostólica Romana, mas porém é algo nosso particular da Igreja no Brasil que é a Campanha da Fraternidade, isto desde de 1964 que com um olhar cristão, voltado para a sociedade, nos ajudando a percebermos a realidade e a buscarmos soluções, para problemas existenciais sociais, sempre com meditações, conscientização e buscas de propostas de ações concretas sempre tentando encontrar soluções ou ao menos amenizar o sofrimento, daqueles que são a prioridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Igreja e para nós os cristãos, os mais pobres e excluídos da sociedade.
Tendo este ano como tema "Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), será tratado nas diversas esferas da Igreja, e de nossa Paróquia, durante todo o ano e de forma especial durante a Quaresma, o que vale ressaltar como vivencia quaresmal para esta reflexão é a possibilidade apresentada pela CF2023 de participarmos ativamente, de nos deixarmos sensibilizar e mover pelo chamado que a Igreja do Brasil nos faz através da CNBB, e ainda fica como uma possibilidade forte de gesto concreto para esta quaresma participarmos da Coleta da Solidariedade, que pode quem sabe, até ser o destino de nossa economia com o jejum, é uma das possibilidades.
Caros irmãos e irmãs peçamos a Luz do Espírito Santo, para vivermos a dignidade que este tempo pede, e que orientados por nossa Igreja que nos ensina a imitarmos Jesus façamos uma boa preparação para o tempo Pascal, sempre sob a intercessão do Bem-Aventurado Jordan e as bênçãos de nosso Mãe e Padroeira Nossa Senhora de Lourdes.
Autor: Diácono João Gualberto