Como os pais querem que os filhos cresçam! Eles acreditam que vão poder ter mais tempo para si. Adeus fraldas, mamadeiras, brinquedos pela casa e tranqueiras. Doce ilusão! Quando chega a adolescência, sentem falta dos tempos em que os filhos eram crianças, porque, com os adolescentes, as relações são mais complicadas, o controle é mais difícil de ser exercido e as preocupações aumentam quando eles estão fora de casa.
É comum, nesta fase, os filhos se ligarem mais aos amigos e se afastarem dos pais, mas alguns querem lutar contra isso. Neste momento, a importância é não perder o vínculo e a confiança neles. Os limites são importantes, mas precisam ser negociados numa conversa franca e com paciência, para explicar os porquês e as regras.
A grande dificuldade dos pais é ver os filhos cometendo os erros que eles já vivenciaram. Algumas vezes, conseguem evitar alguns erros, porque os filhos assimilam a experiência dos pais. Entretanto, em outras circunstâncias, é preciso deixá-los “quebrar a cara” para aprenderem, pois faz parte do processo de crescimento. Muitas vezes, é importante criar momentos para certas conversas, talvez num restaurante, numa caminhada ou em momentos de lazer. Se possível, evite conversar nos momentos de mau humor tanto dos pais quanto dos adolescentes. Concordam que fica mais difícil um acordo?
Nesse período de crescimento, existe uma forte luta de poder: os pais querendo saber tudo da vida dos filhos, e estes, por seu lado, querendo autonomia para viver. O segredo é haver respeito mútuo e manter aberto o canal do diálogo. Cobranças precisam acontecer a partir das regras estabelecidas, sendo que algumas precisam ser bem trabalhadas, pois, entre outras questões, muitos não sabem o impacto da falta de estudo na sua vida, ou do uso indevido de bebida ou relacionamento com amigos inadequados.
Entretanto, acima das regras, a forma de cobrar faz toda a diferença. Cuidado com os exageros na cobrança! O afeto é a liga para que as relações não se deteriorem pela pressão. O excesso de críticas por questões que não são relevantes, ilegais ou imorais, precisam ser repensadas. A flexibilidade, quando os comportamentos são positivos, ajudam a fortalecer o aprendizado de tomada de decisão nas situações da vida.
Muitos pais têm dúvidas sobre o tamanho da liberdade a ser dada aos adolescentes. O segredo é afrouxar a corda, mas checar o que está acontecendo. Por exemplo: se o filho pedir para ir a uma festa, estabeleça as regras e as mantenha; depois, confira se ele realmente foi e com quem foi. Na volta, verifique o estado dele e se o combinado foi cumprido. Atenção: é importante entender a diferença entre acompanhar e vigiar, agir sempre às claras e não escondido, porque, se o adolescente percebe que os pais não confiam, começam a burlar as informações. Nessa fase, a cumplicidade entre pais e filhos faz toda a diferença, mas se lembre de que, antes de ser amigo, você é pai ou mãe.
Como as relações costumam ser mais estressantes, cuidado com o momento de crise, pois é quando são estabelecidos laços ou rompimentos, por causa do tipo e intensidade da reação dos pais. Teoricamente, os pais deveriam ser os mais amadurecidos. Diante de um grande problema, qual é a sua reação? O importante é o adolescente entender as consequências de seu ato e trabalhar para que ele não use a mentira como um artifício para se ver livre das consequências inerentes ao seu comportamento. Observe também se os problemas pessoais do casal ou a pressão do dia a dia influenciam suas reações diante da crise.
Uma atitude importante é não exaltar demais ou minimizar os comportamentos dos filhos, pois uma autoestima boa pode evitar que eles se coloquem em situação de risco para provar que são adultos e podem decidir sozinhos sobre a sua vida. Eles precisam aprender pelos exemplos dos pais e pelas escolhas direcionadas por professores, psicólogos e familiares.
A compreensão e a clareza de regras ajudam os pais-pilotos a navegarem melhor nessa fase; e se o ambiente familiar interno for bom, será mais fácil surfar as ondas de perigo da vida.
Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/dicas-para-compreender-filhos-adolescentes/
O matrimônio é um sacramento que estabelece uma santa e indissolúvel união entre um homem e uma mulher e lhes dá a graça de se amarem, procriarem e educarem seus filhos: "...cada homem tenha sua mulher e cada mulher seu marido. Que o marido cumpra seu dever em relação a mulher e igualmente a mulher em relação ao marido. A mulher não dispõe de seu corpo, mas sim o marido. Igualmente o marido não dispõe de seu corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro..." (1Cor 7, 2-5)
Esse sacramento foi instituído pelo próprio Deus no início da criação quando deu a Adão uma companheira - Eva - para que vivessem juntos, numa só carne, em amor fiel e indissolúvel.Quando um homem e uma mulher procuram o matrimônio cristão é porque Deus os chama para mudar o significado do amor que um sente pelo outro, para submergir o amor humano no mistério do amor de Deus.
O dom do sacramento é ao mesmo tempo vocação e dever dos esposos cristãos, para que permaneça fiel um ao outro para sempre, para além de todas as provas e dificuldades, em generosa obediência, a santa vontade de Deus: "o que Deus uniu, não separe o homem".
Os esposos cristãos são chamados a dar testemunho e Cristo em seu amor mútuo. A isso nos comprometemos mediante o sacramento do matrimônio, a presentear-nos um ao outro não só a luz e o calor do próprio amor, mas tornar isto um sinal de reflexo vivo desse sol de amor que é Cristo. Este compromisso tão audaz se apóia em outro que contrai o próprio Senhor: através do sacramento que Ele nos oferece como ajuda à força de seu próprio amor.
O sacramento do matrimônio que retoma e especifica a graça santificante do Batismo, é a fonte própria e o meio natural de santificação para os cônjuges. Em virtude da morte e ressurreição de Cristo, dentro do qual se insere novamente o matrimônio cristão, o amor conjugal é purificado e santificado: "O Senhor dignou-se sanar, aperfeiçoar e elevar este amor com um dom especial de graça e caridade".
O dom de Jesus Cristo não se esgota na celebração do matrimônio, mas acompanha os cônjuges ao longo de toda existência.
Para refletir: