Deus é o Criador, nós somos a criatura.A relação da criatura com o Criador é o núcleo central da religião. Está ligado aos demais relacionamentos humanos: troca de informações e sentimentos com as pessoas, agressão ou respeito à natureza. O tipo de relacionamento do homem com a natureza e com as demais pessoas mostra a posição que ele toma diante de Deus.
Oração é o resultado de nossa busca de Deus e de nosso esforço: são as atitudes e as ações que tomamos ou fazemos em vista da relação de amor com ele.
Oração é a tentativa de diálogo amoroso da criatura com o Criador. Esta relação supõe esforço de comunicação e atenção para perceber os sinais e palavras de Deus, que chegam ao homem, quase sempre, de forma indireta.
Pelo fato de sermos limitados e Deus infinito, o nosso relacionamento com Deus nos coloca em dependência amorosa, como filho em relação ao pai. Quando alguém se julga independente de Deus, restam-lhe poucas oportunidades de estabelecer relações com Deus. .
Nós fomos criados por amor, para amar e ser amado pelos demais e por Deus.
Acolher pessoas e acontecimentos é atitude de amor. Rejeitar é atitude de desamor e de egoísmo.
Jesus nos revelou que o Pai ama incondicionalmente seus filhos e quer a felicidade de cada um deles. As posições que Jesus tomou perante o Pai e o relacionamento que teve com ele devem servir de modelo para nós. Ele se relacionava com o Pai como se estivesse próximo, presente ao seu lado (Lc 10, 21; Jo 17, 1 - 26). Portanto, antes de tentar relacionamento mais profundo com Deus, é preciso tomar consciência da imagem que temos dele. É importante que passemos da imagem que temos dele para aquela que Jesus nos mostrou, que nos é transmitida pelos evangelhos: o Pai é cheio de amor, quer o bem para seus filhos, cuida de cada um de nós, de modo especial daqueles que o amam. Para fazer-nos crescer ele usa a pedagogia do amor e do sofrimento (parábola do agricultor que poda a videira para que produza mais frutos).
Para alcançar bom relacionamento com Deus são necessárias algumas atitudes:
Reconhecer a soberania de Deus sobre o mundo e sobre nossa pessoa e vida; Deus é nosso Criador e Senhor, nosso dono.
Manter atitude de humilde dependência em relação a ele; o egoísmo leva a pessoa a considerar-se outro deus, senhor de si.
Dar oportunidade para que ele se manifeste em nossa vida: se vivermos sempre ocupados, sem dispor de algum tempo só para Deus, ele não terá espaço para se manifestar; o cultivo do amor exige disponibilidade de tempo.
Desejar ardentemente viver na presença de Deus e ser envolvido por seu
amor.
A maior dificuldade no relacionamento com Deus é o pecado, a vida fora do seu mandamento, a vida sem fé. Quem vive longe de Deus não pode relacionar-se com ele. Esse obstáculo pode ser removido pela busca do perdão.
Dificulta a relação com Deus o fato de colocarmos nossa confiança fora dele, em nossas próprias capacidades; em práticas mágicas, em sorte, em superstições, em várias formas de espiritismo, que atribuem poderes a objetos que não os tem, em falsas religiões, etc. Tudo isso afasta a pessoa de Deus e torna difícil o relacionamento com ele. É preciso recordar que o único Salvador e Senhor é Jesus Cristo.
Em nossa vida, em nosso agir devemos tomar o seguinte princípio: Fazer nossas atividades com tal empenho, como se tudo dependesse de nós e confiar em Deus como se tudo dependesse dele.
Jesus foi homem de oração. Sua novidade religiosa consiste na relação pessoal com Deus, mediante a oração, e em atitudes coerentes com os demais homens, tendo por base a relação da pessoa com Deus: amor a Deus e amor aos homens. Ele foi homem de oração e a intensificou nos momentos importantes de sua vida:
Antes de começar o anúncio do Reino, quarenta dias no deserto (Lc 4, 1 - 2)
Antes de escolher os doze, uma noite em oração (Lc 6, 12)
Quando vivia momento muito importante com seus discípulos (Jo 17)
Antes de enfrentar a paixão, no jardim das oliveiras (Lc 22, 31 - 46)
Instruções Básicas sobre a Oração:
Além do exemplo pessoal de Jesus, encontramos ensinamentos sobre a oração:
orar só, em encontro pessoal com Deus (Mt 6, 5 - 6)
ter profunda confiança (Mt 7, 7 - 11)
louvar a Deus e pedir por nossas necessidades (Mt 6, 7 - 13)
orar com insistência (Lc 11, 5 - 24)
pedir com convicção a fortaleza e a fidelidade a Deus (Mt 26, 40)
invocar o Pai em nome de Jesus Jo 16, 23b - 28
Invocar o nome de Jesus significa expressar nossa fé nele, que provém de Deus. A fé e o amor por Jesus abre nosso ser a Deus, que em seu Filho Jesus, nos vê como filhos e por causa dele nos acolhe, provendo as exigências da nossa fé.
Devemos aprender e reaprender a orar m Nome de Jesus, isto é, crescer no seu conhecimento e graça.
A oração garante o atendimento dos nossos pedidos e então a nossa alegria será completa porque será a alegria que nasce da fé, a alegria de Deus que em nós realiza a sua vontade.
Em sua primeira carta, São Pedro nos chama a atenção para “estarmos preparados a responder a todo aquele que nos pedir a razão da nossa esperança” (citação livre de I Pd 3,15). A nossa esperança é Jesus Cristo! O mesmo São Pedro, no discurso aos judeus, disse: “Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12).
A fé católica e toda a sua vivência estão centradas em Jesus: “Ele é o Senhor” (citação livre de Fl 2,11). Contudo, o próprio Jesus instituiu Sua Igreja e quis que ela fosse o Seu próprio Corpo Místico (cf. I Cor 12,27)- sacramento universal da salvação de todos os homens. O próprio Senhor resgatou a Sua Igreja com o Seu Sangue; confiou-lhe o sagrado depósito da fé e deu a ela o Seu Espírito para conduzi-la a toda a verdade (cf. Jo 16,13). O Espírito Santo é a alma e a garantia da infalibilidade da Igreja, no que concerne à doutrina católica. Nos dois mil anos de caminhada, o Espírito conduziu a Igreja do senhor e ensinou-lhe todas as coisas, recordando-lhe tudo o que Jesus ensinou (cf. Jo 14,26)
No Credo – símbolo dos apóstolos – encerra-se conteúdo dogmático básico da fé católica. Já no início do cristianismo, “perseveravam eles [os fiéis] na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão (Eucaristia) e nas orações” (At 2,42). Essa doutrina dos apóstolos está encerrada no Credo, nossa profissão de fé.
Além dos dogmas iniciais, sob a luz do Espírito, a Igreja estruturou todo o arcabouço da fé, sob o comando de Pedro, a quem o próprio Senhor garantiu a infalibilidade, reconhecida de modo definitivo no Concílio Vaticano I (1870). Na pessoa do Papa, a Igreja entendeu que é vontade do Senhor ter o Seu vigário na terra como pedra fundamental da unidade da Sua Igreja. Por isso, a obediência e a submissão ao Papa são características essenciais do catolicismo. Sem o Papa não existe a Igreja. Os antigos padres afirmavam: “Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja, está Cristo.”
Outra característica da fé católica é a devoção aos santos, principalmente à Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Jesus no-la deu aos pés da cruz, dizendo a João: “Eis aí tua mãe” (Jo 19,27b). Essa foi uma doação de Jesus à Sua Igreja e a cada um de nós. Maria é nossa Mãe! Nós, católicos, não a adoramos, pois ela não é uma deusa; nós a veneramos como Mãe muito querida e preocupada com o bem de cada um de seus filhos salvos por Jesus. Sem Maria, Virgem, Imaculada, Mãe de Deus, levada ao céu de corpo e alma, não há catolicismo.
Fonte: Prof. Felipe Aquino
Em toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus. Esta busca se dá através das orações, sacrifícios, cultos, meditações, ações, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca O vimos?
Podemos conhecer a Deus mediante Suas obras e mediante a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. Como podemos falar de Deus?
Nosso conhecimento de Deus é tão limitado, como também é limitada nossa linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus através das criaturas vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e pensar.
De qualquer forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos corações, que todas as criaturas trazem em si uma certa semelhança com Deus. O homem guarda características tão dignas como a verdade, a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais características não podem ter outro autor senão o Todo Poderoso. Todas estas características contemplam, portanto, o Seu Autor.
Assim como uma obra de arte reflete sempre, de alguma forma, o seu autor, também nos devemos refletir nosso Criador. "Sem o Criador a criatura se esvai".
Como entender Deus Criador?
Deus criou o mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de Deus que quis fazer as criaturas participarem do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua bondade. Que haveria de extraordinário se Deus tivesse tirado o mundo de uma matéria preexistente? Quando se dá um material a um artesão, ele faz do material tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a este artesão um lado criador, tanto mais será nada para criar tudo o que Sua Vontade e Sabedoria desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo, dentro dele, o homem.
Uma vez que Deus pôde criar do nada, pode, através do Espírito Santo, dar vida da alma aos homens, com o objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas ao mesmo tempo, deixando o homem livre para escolher essa união. Já que pela sua palavra pôde fazer resplandecer a luz a partir das trevas, pode também dar a luz da fé àqueles que a desconhecem. Dessa forma, a criação é uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao homem; como uma herança que lhe é destinada e confiada.
Entretanto, Deus transcende a criação, pois é infinitamente maior que todas as Suas obras. Por ser o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o que existe, Ele está presente no mais intimo das suas criaturas. Segundo as sábias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: "Ele é maior do que aquilo que há de maior em mim e mais íntimo do que aquilo que há de mais intimo em mim".
Deus mantém e sustenta a criação, pois não abandona a sua criatura a ela mesma. Não somente lhe dá o ser e a existência, mas também a sustenta a todo instante e lhe dá o livre-arbítrio. Reconhecer esta dependência completa em relação ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade, de alegria e confiança.Os estudos sobre Deus (assuntos da Teologia) são elaborados considerando Deus na Unidade da Natureza e na Trindade das Pessoas.
Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus é dividido em três partes: a Existência, a Essência e os Atributos. Cada uma destas características existem em Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para serem melhor explicadas e compreendidas.
É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus: Uma forma natural e uma forma sobrenatural.Forma Natural: "Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e em nós mesmos" (São Paulo).
Uma das maiores comprovações sobre a Existência de Deus é a tendência dos homens pela busca da felicidade. Em cada homem esta necessidade não pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelo seus bens. Portanto, segundo Santo Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de satisfazê-la e este bem é Deus.
O conhecimento de Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como não vemos a Deus, O conhecemos por meio de comparações devido às suas obras, pois não encontramos na Terra a essência de Deus, mas sim suas obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus existe, como sua causa.
Forma Sobrenatural: "Deus é para nós que cremos um 'Deus desconhecido' ainda que à luz da fé o conheçam muito melhor do que à luz da razão" (Santo Tomaz de Aquino).
Segundo esta forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude de uma revelação sobrenatural que é dada por meio da fé. A comunicação de Deus conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.
Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A essência de Deus é compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.
São as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. São todas as perfeições existentes em Deus, como por exemplo:
Jesus significa Deus Salva. Jesus nasceu em Belém, na Judéia, no ano 1 de nossa era. Sua mãe é Maria e seu pai adotivo José. Seus avós maternos foram Joaquim e Ana.
A palavra Cristo do latim Christus ou Christos é semelhante à palavra Messias (em hebraico), que significa Ungido. Portanto, Cristo significa Ungido do Senhor, aquele que recebeu a Unção com óleo. O derrame com óleo sobre a cabeça de alguém significava a consagração de um homem por Deus, como profeta, sacerdote e rei.
A vida de Jesus, seus ensinamentos, obras e palavras foram registradas nos Evangelhos (Evangelho vem do grego Evangelion e significa boa nova, boas notícias). É como foi chamada a mensagem de salvação e de redenção que Jesus trouxe ao mundo.
O estilo do ensinamento de Jesus.
Na época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente disponível para a comunicação em massa. Então, tornava-se essencial que um mestre apresentasse seus ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isto exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e Jesus sem sombra de dúvidas, dominava ambos talentos.
As parábolas cheias de vida tirada da natureza ou essência humana são bem conhecidas e constituíram a principal forma de ensinamento de Jesus. Elas incitavam os ouvintes para pensar e descobrir diversos níveis de significados e aplicações.
Os principais ensinamentos.
Dentro dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas predominantes: A Verdade e Realidade e A Compreensão da Pessoa de Jesus.
A Verdade e Realidade: A Realidade que Jesus veio proclamar tem sido traduzida em Reino; Jesus proclamou o Reino de Deus ou o Reino dos Céus. Não apenas proclamou, mas o inaugurou quando deixou claro que "Um novo estado de coisas nasceu para o ser-humano". Muitas foram às parábolas contadas sobre o Reino de Deus; dentre elas Jesus disse: "O Reino dos Céus é como um mercador em busca de pérolas finas que, encontrando uma de grande valor, vai e vende tudo o que tem e a compra".
"O Reino de Deus não vem como sinais que possam ser observados, nem se poderá dizer: 'Eis o Reino aqui' ou 'Lá está o Reino', pois o Reino de Deus está no meio de vocês".
Com este tema, Jesus deixa evidente que temos que estar bem conosco mesmos com nossos irmãos e com Deus, pois senão não podemos viver no Reino dos Céus.
A Pessoa de Jesus: Jesus referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem. Essa expressão pode apresentar várias interpretações, mas pode ser compreendida como sendo uma intervenção pessoal de Deus nos assuntos humanos, não tanto através da figura de um mensageiro, mas sim como a do inaugurador de um estado de coisas entre os homens em que o Reino de Deus está efetivamente presente. Uma das passagens em que Jesus se refere ao Filho do Homem: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos".
Os Evangelhos contém relatos de um período no qual Jesus passou no deserto em solidão voluntária e onde ele enfrentou e resistiu a diversas tentações. Se o próprio Filho de Deus sofreu tentações quanto mais nós as sofremos!
Entretanto, as tentações de Jesus podem ser vistas por nós como meios fáceis e mesquinhos de se estabelecer o Reino. Quando Jesus reconheceu as tentações como tal, ele viu-se face a face com o único caminho, o da entrega total, sem qualquer recompensa ou retorno: o caminho do Amor puro e sem sentimentalismo.
Jesus não oferecia nenhum atrativo fácil. O preço para ser seu discípulo não haveria de ser alto nem baixo, mas absoluto. Ele usou vários meios para transmitir esse fato simples: usou poemas, parábolas e falou diretamente aos seus discípulos, especificando qual seria o preço para si e, conseqüentemente, para eles.
Jesus era às vezes popular ou não. As autoridades de modo geral desconfiavam dele e o temiam. O povo de Israel não acreditou que Ele era de fato o Messias Prometido, pois esperava alguém glorioso e poderoso politicamente para libertá-los dos romanos; queriam um Messias que lhes desse uma nação livre e poderosa.
Por outro lado; Jesus era movido pelo amor e pela vontade de Deus. O amor exigia uma reação amorosa aos sofrimentos do povo e Jesus com seu poder de cura era clamorosamente ansiado, requisitado. Ele curava porque o amor exigia e pedia aos que curava para agradecerem a Deus e ficarem em silêncio.
Então, seguir Jesus é uma opção e a livre entrega de si é a única expressão de amor que existe; Jesus nos quer por inteiro, sem restrições, sem senão, sem porém. Algumas de suas palavras mostram as atitudes esperadas de um seguidor de Cristo:
"Se alguém esbofeteia sua face direita, volta-lhe também à esquerda; se alguém quer litigar com você para tirar-lhe a túnica, deixe-lhe também a camisa; se alguém o forçar a caminhar uma milha, ande com ele duas".
"Amem aos seus inimigos; façam o bem a quem os odeia; abençoem os que os maldizem; orem pelos que os injuriam".
"Aquele que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim".
Finalmente, analisando a vida de Jesus, constata-se que sua idéia-força, ou seja, o motivo de sua existência era a realização da vontade do Pai. As primeiras palavras de Jesus relatadas no Evangelho quando ele tinha doze anos e estava com os Doutores da Lei foram: "Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?" (Lc 2, 49).
Jesus foi o homem mais autêntico e mais realizado que existiu sobre a face da Terra que fez a vontade do Pai e, portanto fez exatamente o que deveria fazer.
A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado. Jesus é Deus e as principais provas são:
O próprio Jesus diz-se Deus (Jo 10, 30 ; Jo 14, 7 e Lc 22, 67-70).
Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: "O Espírito virá sobre Ti..." A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.
Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi a descida do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.
O Dogma da Santíssima Trindade.
A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina, As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.
Pela graça do Batismo "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.
Mas acima de tudo ser missionário é se empenhar na vivência do seu batismo testemunhando o amor de Cristo ressuscitadoÉ ter ouvidos de discípulos para ouvir a voz do Salvador. É anunciar o evangelho de Jesus Cristo, sua pessoa, vida ,morte e ressurreição
A nossa missão não é diferente, é a mesma missão do Cristo de mostrar a ternura e amor do Pai por todos nós. É olhar o mundo com os olhos de Deus e participar da sua construção, é não se conformar com a desigualdade onde poucos têm muito e muitos não tem nada, é lutar pela igualdade e pelo bem-estar de todos, é deixar-se amadurecer na fé, sentindo-se livre para enxergar o Cristo na pessoa de nossos irmãos, principalmente os mais marginalizadosO grande desafio do ser Missionário hoje está em nossas próprias famílias, pois vivendo em um mundo onde tudo é relativo, a família é a que mais sofre, pois perderam seus valores.
É hora de olharmos com carinho para esta situação e refletirmos (o que eu posso fazer para ajudar?). É hora de ouvir o apelo de Deus, e como igreja viva comprometida com a Salvação de todos assumirmos a nossa missão de batizados. É momento de unirmos na mesma fé pais e filhos, irmãos e irmãs e juntos lutarmos por uma família mais santaMaria é o grande modelo missionário para a igreja. Olhando para a missão de Maria sintamo-nos fortalecidos em nossa missão. Ela que mesmo nas dificuldades, nos momentos de dor não desistiu do projeto amoroso do Pai, sempre se colocando a serviço como serva do Senhor.Que o sim da Mãe de Deus e nossa Mãe, nos ajudem a sempre dizermos Sim a nossa missão.