— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso.37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Quaresma é tempo de conversão. Qual a conversão que o evangelho de hoje nos pede?
Jesus nos trás quatro práticas de misericórdia, não julgar, não condenar, perdoar e dar.
E Ele nos diz que se agirmos com estas práticas outros também agiram.
Trata-se de uma proposta de um bom convívio, de vivermos bem.
Mas Jesus vai alem de um simples bom convívio, de sermos bons para aqueles que são bons conosco, Ele nos pede que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso. A misericórdia de Deus é o amor sem medida, amor àqueles que são gratos, mas também amor àqueles que são ingratos. Esta é a conversão que Jesus nos pede que sejamos capazes de não julgar, mesmo que nos julguem, de não condenar mesmo que nos condenem, de perdoar, mesmo que não nos perdoem e de dar mesmo que saibamos que não nos retribuirão.
Esta é a misericórdia do Pai.
Jesus nos pede que tomemos a iniciativa que mudemos nossas atitudes, que tenhamos boas práticas, como proposta de vida. Afinal foi isto que Jesus nos ensinou, os judeus e inclusive os apóstolos esperavam que Ele com seu poder derrotasse o império romano e os tirasse do trono colocando de volta um judeu, isso seria fazer o mau aos que eram maus, mas não foi isso que Jesus fez, Ele propõe uma quebra de ciclo, fazer o bem mesmo àqueles que faziam o mau.
E nos promete que se agirmos com misericórdia semelhante a misericórdia do Pai, seremos recompensados com uma medida calcada, sacudida, bem cheia, seremos muito recompensados.
Sejamos misericordioso como o Pai do céu é misericordioso.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
<Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!
45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
No Evangelho de hoje Jesus continua como ontem a dar novo sentido a Lei, Jesus não muda a Lei, mas nos traz um novo olhar, e de forma especial fala do mandamento do amor, Ele fala deste mandamento não como deveria ter sido transmitido, como de fato estava escrito, mas já como o povo interpretava e na verdade vivia, "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!", este não deveria ser o mandamento na sua forma original, nunca foi ordem de Deus que se tenha ódio, nem mesmo pelos inimigos, até por que para Deus não é natural que seus filhos sejam inimigos uns dos outros, porem Jesus sempre parte daquilo que entendemos, para nos ensinar o que de fato é a verdade, a vontade de Deus, assim nos pede que amemos os nossos inimigos e rezemos por aqueles que nos perseguem, ora se amamos e rezamos por estes logo não são nossos inimigos, mas na verdade nossos amigos, é isto que Jesus quer que percebamos, entre nós não deve ter divisões, grupos separados, aliados e adversários, devemos nos preocupar uns com os outros, foi assim que Jesus fez e agiu, foi isto que nos ensinou; quando chamou Levi, cobrador de impostos; quando conversou com a samaritana, inimiga dos judeus; quando perdoou os que o crucificaram...
Certamente ainda temos dificuldades de amar àqueles que não vivem como nós, de amar ao rico que esbanja e despreza ao pobre, o empresário que acumula fortunas, com lucros desonestos, o político corrupto que tira condições e direitos do povo, certamente não é fácil amar a estes, e até podemos pensar como o povo do tempo de Jesus, "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!", e pode se até ouvir algum cristão a dizer '- Odiar a estes que tanto mal fazem ao povo nem pecado é.'
Porém não é isto que Jesus nos ensina, Ele nos ensina a não agirmos como os pagãos, aqueles que não conhecem a verdade. A ordem de Jesus é que sejamos perfeitos como o nosso Pai Celeste é perfeito. Certamente isto não é fácil, mas é o mandamento do amor, é a missão do cristão.
Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude, diante de nossas limitações a entender o mandamento do amor, a percebermos que somos todos irmãos, filhos do Pai Celeste.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Jesus nos diz que aquele que faz opção pelo Reino de Deus, que decide O seguir, ser um cristão, deve ter uma justiça maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus.
Seria muito difícil viver mais a Lei do que eles viviam, eles eram verdadeiros fanáticos pela Lei, a viviam ao extremo, e ainda vigiavam e criticavam, e até julgavam quem de acordo com a visão deles não vivesse de acordo com a Lei, para eles os que viviam a Lei estavam salvos, os que não viviam estavam condenados, era tudo muito lógico, dava para se ver e medir quanto uma pessoa era justa, ou não era. Porem estavam presos àquilo que estava escrito, se não estivesse nas escrituras eles estavam dispensados de fazer, assim se tornavam frios e insensíveis com a situação e sofrimento de outros. A Lei eles conheciam, e de acordo com aquilo que acreditavam viviam.
Oque porem eles não entendiam é a vontade de Deus para seus filhos amados. Para termos uma pequena percepção de como estamos vivendo a Lei hoje, guardadas as diferenças de tempo, cultura e entendimento, ainda assim podemos comparar. A Lei de Deus não mudou, Jesus nos diz que não veio mudar a Lei, mas para dar-lhe a plenitude, a clareza e a real visão e vivência.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Jesus nos traz esta garantia, Ele nos diz que o Pai sempre nos atende quando Lhe pedimos, isso é uma garantia. Por isso devemos ter a certeza de que a Oração nunca é perdida, nem inútil ou uma perda de tempo.
Jesus nos encoraja a pedir, a bater e a procurar, nos pede perseverança na oração, que não sejamos imediatistas, querendo as coisas ao nosso tempo, mas que apresentemos nossos pedidos ao Pai, afinal a quem mais iriamos pedir, só Deus pode olhar por nós com verdadeiro amor, as portas do Céu é a porta que esperamos que se abra as nossas necessidades, e não adianta procurar as coisas onde não estão, devemos procurar onde sabemos que podemos achar aquilo que precisamos, só Deus tem realmente o que precisamos.
A oração é conversa com Deus abre o nosso coração para Deus, para nos colocarmos diante Dele, abre o nosso coração para o bem, nos possibilita ouvir o que Deus nos quer comunicar, mas isso só acontece quando nos apresentamos a Deus sem barreiras ou impedimentos, sem dúvidas e medos, quando aprendemos a confiar, quando somos sinceros e verdadeiros, sem mascaras ou querendo imitar orações de outros, mas sendo quem realmente somos, como uma exposição de um filho humilde e necessitado diante de um Pai bondoso.
Após uma perda ou uma queda, mesmo que pareça não restar mais esperança, mesmo que estejamos desanimados e cansados, ainda assim a oração é o único caminho para nos sentirmos renovados, curados, fortalecidos.
Jesus nos lembra também da chamada regra de ouro, devo querer para o outro o mesmo que quero para mim: "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles"
Se cuidarmos bem de nossos irmãos, eles nos retribuirão os cuidados, se tivermos boas atitudes entre nós com toda a certeza Deus estará presente em nossas vidas e suas graças e bênçãos acontecerão.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo: 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: 'De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?' E ficaram escandalizados por causa dele.
4Jesus lhes dizia: 'Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares'. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Jesus está bastante decepcionado com o povo de seu tempo, embora Ele esteja lá, esteja vivo, o próprio Emanuel Deus presente no meio deles, e, eles não conseguem acreditar, preferem continuar com seus costumes, suas esperas...
Querem um Deus que faça as suas vontades, pedem sinais, querem que Jesus faça as coisas como eles querem, este era o povo contemporâneo de Jesus.
Jesus lembra duas passagens antigas da história do povo de Israel, a que se passou com Jonas, que depois de muita recusa, aceita a vontade de Deus e anuncia a Palavra de Deus a um povo pagão, e este povo embora pagão, dá um verdadeiro exemplo de conversão, de renúncia das velhas ideias e costumes e aceitam a proposta de vida nova do Deus único.
E a visita da rainha de Sabá a Salomão que veio de muito longe para poder ouvir a sabedoria do rei Salomão que ela acreditou vinha de Deus.
A partir deste Evangelho muitas perguntas são feitas no íntimo de nosso coração.
Peçamos ao Espírito Santo que busquemos viver os sinais de nossos tempos, percebendo que Jesus está vivo no meio de nós, na Eucaristia e na Palavra de Deus, e buscando a sabedoria que vem de Deus e que nos leva a conversão.
Diacono João Gualberto