— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 13e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
E só saberemos, se buscarmos as respostas na intimidade da oração, falando e ouvindo a Deus
A oração do Pai Nosso faz parte do Sermão da Montanha, onde Jesus apresenta todo seu projeto da construção do Reino de Deus, é uma síntese de todo o sermão, um método de se guardar na mente e no coração toda a proposta de vida que Jesus nos traz, assim Ele nos deixa numa única oração, como que um manual prático de como ser cristão.
É uma oração completa, ensinada por Jesus, verdadeiro Deus, para aqueles que quando a rezam com a verdadeira busca por Deus, fazem de sua vida, uma busca pela unidade, com Deus, com o próximo e com a natureza, a casa comum.
"Pai", aquele que temos coragem de nos aproximar, de pedir, de insistir, até de fazer manhã, de chorar, esta é a relação de um filho com seu pai, principalmente quando é criança pequena, e mesmo sendo já crescidos, adultos até, diante da superioridade de Deus Pai, e de nossas inconstâncias, ainda agimos muitas vezes desta forma, e não devemos nem nos condenar por isso, faz parte de nossa natureza humana, porem devemos lembrar que Jesus continua...
"que estás nos céus”, assim nos lembra, é Pai, mas é Deus, Ele sabe o que é melhor, por isso convém agirmos como filhos que confiam e se entregam ao Pai Amoroso. Depois deste nosso chamado ao Pai, continuamos com três preces, onde Jesus nos ensina a pedir por um justo e bom relacionamento com o Pai.
"santificado seja o teu nome”, é nosso dever reconhecer e dar gloria a Deus.
"venha o teu Reino", o projeto do Reino é este que ele aconteça no nosso meio, hoje, a cada dia, que desde já busquemos viver a justiça, o amor e a paz,
"seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. ”, a vontade de Deus é o homem feliz, a glória de Deus é a unidade de seus filhos, aí Deus está presente, o amor está presente, a vontade do Pai acontece.
Depois deste compromisso com o Pai, continuamos agora a apresentar nossos compromissos com os irmãos,
"O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.", pedir o pão é pedir dignidade, lembremos os três 'T' do Papa Francisco; o pão do trabalho, que sustenta; o pão do teto que abriga; e o pão da terra, um lugar para cuidar da família com segurança, alegria e paz, mas pedimos o pão de cada dia, assim Jesus nos ensina que não devemos acumular, ser gananciosos ou egoístas, se existe acúmulo, falta para outros.
"Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. ”, só quando perdoamos ao irmão que nos magoou, afinal reconhecemos que ele também é humano, é falho, só assim teremos a coragem de nos percebermos também falhos e pecadores e pedir perdão.
"E não nos deixes cair em tentação. ”, as tentações diárias do ter, do ser e do poder, como Jesus renunciou, no deserto ao tentador, ensina nos também a renunciarmos.
"mas livra-nos do mal.", o mal que temos em nós, quando sentimos o desejo de matar, de destruir, de desunir, o mal que outros desejam fazer a nós, o mal que divide e separa os irmãos, livra-nos.
Rezemos a Oração do Pai Nosso com palavras e também com a vida
Devido a importância que tem achei por bem deixar para o final uma palavra, que faz toda a diferença.
"Nosso", não podemos jamais ser egoístas e pensar que Deus seja meu pai, é Pai Nosso, é de todos, não importa raça, se são bons ou ruins, pobres ou ricos, somos todos seus filhos amados, e isto nos faz irmãos, o Reino é para todos, isso nos traz o compromisso de estarmos sempre próximos do Pai, cuidando uns dos outros, e da casa comum, isto é viver o compromisso com o Reino, é viver o Pai Nosso.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Costumamos chamar esta parábola de Juízo Final, mas isto é muito perigoso, não podemos ver este ensinamento de Jesus como algo para o futuro, para quando fizermos a passagem desta vida para a outra.
Na verdade, este encontro com Jesus não se dará somente em nossa Páscoa, mas a cada dia, a cada encontro com um irmão, a cada oportunidade que temos de cuidar do outro, e a cada atitude que tomamos durante nossa vida.
E assim tomamos a decisão pelo Reino de Deus, que se constrói naturalmente quando se decide viver a partilha a unidade, a justiça e a paz, como também a decisão por se afastar de Deus é diária, depende de cada atitude que tomamos, são as pequenas coisas que levam às maiores, são os pequenos afastamentos do próximo que levam a viver o egoísmo e a ganância e geram a desunião e até a guerra.
Mais uma vez devemos tomar cuidado quando chamamos esta parábola de Juízo Final, por que na verdade os juízes somos nós mesmo, são as nossas escolhas que nos levam ao caminho que chegaremos.
Para esta parábola vale muito aquela historinha que ouvimos desde criança, e, é resumidamente assim: 'À cada atitude tomada aqui nesta vida vamos colocando um tijolinho na morada eterna.'
Diacono João Gualberto