— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 35Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? 36O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: ‘Disse o Senhor ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés’. 37Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?” E uma grande multidão o escutava com prazer.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Neste pequeno trecho do Evangelho de hoje, Jesus está a contestar um título que muitos o chamaram e que até hoje ainda podemos ouvir ou ler.
Jesus diz: "Como dizem os escribas que Cristo é o filho de Davi?" Jesus não gostava deste título, Ele não queria ser reconhecido como Rei. Ser chamado de filho de Davi era como que O chamassem de sucessor de Davi, sucessor de um grande rei, que realizou muitas conquistas, que até foi fiel a Deus, embora tenha cometido seus erros, não que Davi não seja um amigo de Deus, um rei escolhido, ungido e amado por Deus, podemos realmente ver Davi como um bom rei.
A questão para Jesus é que ao compara-Lo a Davi, deixavam claro o Messias que esperavam, um novo rei, que unisse Israel, e que governasse a força da espada e de um poderoso exército, enfrentando e derrotando seus inimigos.
Jesus usa uma passagem do Salmo, "Pois o mesmo Davi diz, inspirado pelo Espírito Santo: Disse o Senhor a meu Senhor...". Coloca esta frase para se referir a Davi o chamando de Senhor, para deixar claro que Davi não chamaria seu filho de Senhor, isto não seria natural, nem no tempo de Jesus nem hoje em dia.
Jesus não veio para ser rei, e sim para servir.
Existiam muitos partidos, alguns queriam ver este Messias, rei e guerreiro, outros esperavam um Messias Santo e Sacerdote, e outros até acreditavam que o Messias já estava no meio deles, não queriam mudanças, as coisas estavam boas como estavam, pelo menos para eles.
E o Evangelho termina com uma pequena frase, mas muito significativa, "E a grande multidão ouvia-o com satisfação.". Esta multidão que ficava satisfeita, eram os pobres, os desprezados, aqueles que estavam à beira do caminho, os marginalizados, que se quer pertenciam a algum partido, não tinham nenhuma expectativa disto ou daquilo, ou preconceito disto ou daquilo, o que esperavam era um libertador, alguém que os entendesse, que olhasse por eles e os amasse.
Este é Jesus, o Deus dos humildes, Deus daqueles que O esperam, que O aceitam, que são necessitados de amor.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: 51“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. 52Os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Jesus disse: "Eu Sou o Pão vivo descido do Céu, quem comer deste Pão vivera eternamente." (João 6, 51a)
Quantos ainda tem fome?
Muitos ainda buscam em Jesus, uma certa 'tranquilidade interior', uma fé que se fundamenta em viver em comunidade, com os irmãos que pensam igual e que se entendem e assim vivem uma pseudo 'paz quieta', longe de problemas...
Jesus não veio ao mundo para ser o fim de todos os problemas. Jesus é o Pão do Céu, que se faz alimento, para nos dar força e ânimo, para vivermos está vida, neste mundo. Jesus é o Alimento que nos dá força e coragem, para buscarmos viver a vocação da igreja.
Neste ano estamos vivenciando o 3º Ano Vocacional, com tema "Vocação, graça e missão", onde lembramos de rezar e fortalecer a vocação sacerdotal, religiosa e matrimonial, mas também tempo de se lembrar a vocação primeira da Igreja: a de estar ao lado de todos, de pensar o bem comum, com a preferência para os pobres, os prediletos de Jesus.
Como vemos na Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema Fraternidade e Fome, e o Lema "Dai-lhes vós mesmos de comer", a fome é uma grande vergonha por todo o mundo, onde se desperdiça todo dia uma quantidade gigantesca de alimentos, é mais vergonhoso ainda o caso do Brasil, país que bate recordes de safra todos os anos e alimenta vários países com esta safra, mas a ganância dos produtores e a concorrência do mundo capitalista, infelizmente não permite a partilha.
Jesus é o Pão que alimenta, fortalece e vai preparando para a vida eterna, a vida eterna é construída aqui, através do conhecer Jesus, “Ora a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que tu enviaste, Jesus Cristo. ”, (João 17,3), fechar os olhos a realidade da fome é viver uma falsa paz.
Agora, somos convidados a pensar como viver este compromisso de cristãos alimentados por Jesus o Pão do Céu e colocando Deus sempre no centro, nessa vida com desafios, com tantos a terem fome de Deus e de solidariedade.
O que temos que ter é uma convicção, de que não devemos e nem podemos ver a situação com a ganância de nossos tempos, devemos sim perceber cada situação, cada possibilidade de ajuda a um irmão que tem fome, seja de Deus, seja de alimentos, como uma grande bênção, e sentir em tudo a presença de Deus.
Que nossas famílias sejam famílias acolhedoras e sensíveis, que nossos filhos aprendam em nossas casas a graça da partilha. E que cada cristão entenda toda a dignidade de se ter uma família, e não se canse de buscar o bem comum, e que tenhamos paz em nossas casas e em todas as famílias, mas que seja uma paz inquieta, que se põe a lutar contra toda forma de injustiça geradora de fome e desigualdade.
Nosso mundo e o nosso país precisam buscar um equilíbrio, com igualdade e respeito a todos, e isto só será possível com fraternidade: o ensinamento de Jesus. Nós cristãos precisamos buscar a cada dia crescer na harmonia como família, nos relacionamentos sociais e na vida espiritual.
Mas, para este crescimento é preciso confiar na promessa de Jesus: "Aquele que come deste pão vivera."(João 6, 58b)
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 18vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso: 19“Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão”.
20Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. 21O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. 22E nenhum dos sete deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. 23Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Porque os sete se casaram com ela!”
24Jesus respondeu: “Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? 25Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. 26Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? 27Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
A convivência de Jesus com as autoridades está se tornando cada dia mais difícil, ora membro de um partido ora de outro tentam O ridicularizar, mas Jesus sempre responde com autoridade e até com dureza a estes que não aceitam a verdade, que querem um Deus que faça a sua vontade.
Jesus está já nos últimos dias, logo o prenderam mesmo sem motivo, mesmo sem crime algum, somente por que Ele não faz a vontade deles.
No evangelho de hoje quem confronta Jesus são os saduceus, eles se reuniam e elaboravam ideias e perguntas e até tentavam fazer como Jesus, contando uma história, uma parábola da viúva de sete irmãos, como vemos tanto para nós hoje como para eles esta história é bem improvável, porem existia a lei, até para que a viúva não ficasse desamparada, o irmão deveria casar-se com a viúva, mas sete vezes foi um exagero, porem para eles a questão até era outra, questionavam a ressurreição dos mortos, que Jesus anunciava, a vida eterna que Jesus garantia a quem O seguisse. - Com quem ficaria a viúva?
Jesus lhes dá uma resposta dura, diz para eles que eles não conhecem nada nem as escrituras nem o poder de Deus. Muitas vezes hoje também podemos correr o risco de criar pensamentos, historias, ideias de nossa cabeça e acreditar que sejam a verdade, e corremos o risco de julgar a outros e até de conduzir nossa vida a partir destas ideias, temos que tomar cuidado, buscar conhecer a verdade, a Verdade da Palavra de Deus, e acreditar num Deus, criador-redentor-salvador,
Temos muitas possibilidades de estudo hoje, mas nem todas são confiáveis, temos muitas ditas religiões, inclusive que veem ainda hoje a ressurreição como os saduceus, uma continuidade desta vida.
Temos que tomar cuidado, com falsos profetas, com falsas religiões e hoje em dia com falsas fontes, ou não confiáveis. Jesus termina a dizer aos saduceus e a nós hoje: Ora Ele não é o Deus dos mortos, mas o Deus dos vivos!
Não nos deixemos enganar.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 13as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra. 14Quando chegaram, disseram a Jesus: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?”
15Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja”. 16Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles responderam: “De César”. 17Então Jesus disse: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram admirados com Jesus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
O Evangelho de hoje é continuação de ontem, ainda seguem a provar Jesus, a tentar fazer com que Ele caía em alguma contradição para poderem o acusar e o prender, e assim como diz o texto: "as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes para apanharem Jesus em alguma palavra."
Estas autoridades eram religiosos judeus, eles se dividiam em vários partidos, algo parecido com os partidos políticos de hoje, saduceus, fariseus, herodianos e outros tantos...
E cada um tinha uma visão da religião, queriam um Deus aos seus moldes, de acordo com os favorecimentos que buscavam. E ao fazerem esta pergunta que em nossos dias virou até um ditado popular, 'Dai, a César o que é de César', Jesus lhes dá esta resposta com tamanha inteligência: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, os deixa sem ação, sem ter como o julgar.
Com esta resposta Jesus demonstra que sempre teremos esta questão do dinheiro, das posses, das necessidades pessoais. E até para uma dignidade humana, que na Verdade Jesus tanto defendeu, tudo isto é necessário, o dinheiro faz parte do convívio social, o trabalho com salário justo dignifica o sustento da família.
A questão é que isto não deve ser a razão de viver do cristão, as posses e as conquistas matérias não nos acompanharão na vida eterna. Daí a Cesar oque é de Cesar, vamos usar o dinheiro para as coisas que são necessárias, porém sem esquecer de dar a Deus o que é de Deus.
E afinal o que é de Deus?
De Deus é aquilo que levamos para a vida eterna, aquilo que fica. A partilha, o cuidado com o irmão, o respeito, o carinho, enfim o viver em comunidade, o amor a Deus e ao próximo.
Diacono João Gualberto
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. 2Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha.
3Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. 7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa. 8Então agarraram o filho, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 9Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros. 10Por acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?”
12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
O evangelho de hoje narra uma parte do conflito de Jesus com os sacerdotes, anciãos e escribas. E vemos que os lideres políticos e religiosos já estavam decididos a matar Jesus. Jesus não se importa como eles irão o avaliar, só se importa com a Verdade, Jesus veio para revelar a verdade.
Esta parábola é uma clara indireta de Jesus a forma como trataram tantos profetas e homens de Deus e como tratarão o próprio Filho de Deus, é um resumo da história do povo escolhido até a manifestação de Deus, a presença de Jesus, o Filho de Deus. Os sacerdotes, escribas e anciãos entenderam a parábola, e continuaram com os planos.
Rejeitaram “a pedra fundamental”
Ainda hoje temos a Palavra de Jesus, a nos revelar a Verdade, e ainda hoje muitos o rejeitam. Cabe a cada um, é pessoal a decisão, ouvir a Palavra de Deus e viver esta Palavra, ou a rejeitar. Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a cada dia a percebermos a presença do próprio Deus em nossa vida, e a tomarmos a decisão de sermos amigos do Herdeiro.
Diacono João Gualberto